Política – 20/12/2012 – 17:12
O reajuste salarial que o prefeito eleito Alcides Bernal (PP) passará a receber em janeiro de 2013 será definido amanhã (20) na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Vereadores. Os parlamentares decidiram, em consenso, o índice de 31% para o aumento que será votado em discussão única.
Os vereadores determinaram o valor depois de interromperem a sessão de hoje por 10 minutos para debater o assunto, já que o projeto não estava na pauta.
O salário do novo prefeito será instituído por meio de decreto legislativo, já que não chegou à Casa de Leis como mensagem do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB).
O vereador Airton Saraiva (DEM) afirmou que o valor de 31% não causará grande impacto na folha de pagamento do município.
Por várias vezes Bernal negou o aumento salarial o que gerou discussões, inclusive, depois que os vereadores aprovaram o aumento do salário do legislativo.
Prejudicados com a decisão do prefeito eleito, servidores protestaram na manhã de hoje, na Câmara, pedindo que o legislativo aprovasse o reajuste. São 26 categorias que estão atreladas ao teto salarial do prefeito. Os servidores pediam que o aumento fosse de 72%.
Saraiva afirmou que, neste caso, o impacto seria muito maior. “Caso aprovado o reajuste de 72% o impacto seria de R$1,8 milhão na folha do município”.
De acordo com o presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), as categorias ficariam prejudicadas se não houvesse o aumento. “Os salários desses servidores estão atrelados ao teto do prefeito. São funcionários de carreira”, afirmou.
Siufi alegou que a aprovação do salário é uma prerrogativa do legislativo e os parlamentares devem chegar a um acordo sobre o índice.
O vereador Lídio Lopes (expulso do PP) afirmou que Bernal não pode prejudicar os servidores e deixou uma sugestão. “Se ele não quiser, que ele doe para uma instituição”.
Uma questão de mérito, o vereador Mário Cesar (PMDB) alega que o salário não deve ser demagogia. “É uma questão de merecimento”. Segundo ele o salário do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) não sofre reajuste desde 2006. “Se fosse para repor as perdas desde a época, o reajuste seria de 75%.
Em Belo Horizonte, Mario Cesar lembra que o prefeito manteve o salário congelado e os servidores entraram na justiça contra Câmara.
Fonte: Campo Grande News