Em um discurso repleto de promessas e propostas audaciosas, Donald Trump reafirmou sua agenda de governo ao assumir a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez. Com um tom de determinação, o líder republicano delineou planos para enfrentar desafios internos e externos, destacando temas como imigração ilegal, energia, comércio e identidade nacional.
Um dos pilares de sua campanha foi a promessa de combater a imigração ilegal. Trump reafirmou a intenção de retomar a política do “fique no México”, que visa impedir a entrada de imigrantes indocumentados no país e garantir a deportação de milhões de estrangeiros sem documentação. Ele anunciou também a criação de um exército de segurança para patrulhar as fronteiras, com o envio de tropas para dificultar a entrada clandestina.
A retórica anti-imigração foi acompanhada pela promessa de designar os cartéis de drogas como organizações terroristas internacionais, o que, segundo Trump, irá fortalecer o combate ao tráfico e à criminalidade. O presidente também falou sobre mudanças na legislação de 1708, que permitiria ao governo utilizar todas as forças de segurança pública para combater gangues criminosas em território nacional.
Um dos pontos mais controversos foi a promessa de reverter o acordo que resultou na transferência do Canal do Panamá ao país centro-americano. Trump destacou o valor histórico e as vidas perdidas durante a construção do canal, alegando que os Estados Unidos foram injustamente tratados após o repasse. Para ele, a China, que atualmente administra o canal, violou os termos originais, e sua proposta é tomar de volta o controle da estrutura.
Em um movimento para reverter políticas ambientais do governo anterior, Trump anunciou sua intenção de declarar emergência nacional de energia. O foco está na retomada da produção de petróleo e gás, fontes consideradas não sustentáveis, mas cruciais para a recuperação econômica do país. Trump prometeu diminuir os preços da energia e reforçar as reservas estratégicas de petróleo, buscando garantir a independência energética dos Estados Unidos.
Além disso, o presidente prometeu revogar as obrigações ambientais sobre veículos elétricos e manter o compromisso com as montadoras de carros movidos a combustão. “Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, afirmou.
No campo do comércio, Trump reiterou seu compromisso de proteger os trabalhadores americanos por meio de tarifas sobre produtos importados, ao invés de onerar os cidadãos com novos impostos. Ele também prometeu revisar acordos internacionais que, segundo ele, prejudicam a indústria americana, em especial os acordos verdes, e colocar a América em primeiro lugar nas negociações comerciais.
Em seu discurso, Trump defendeu a ideia de que os Estados Unidos devem ser uma nação com base no mérito e que a sociedade não deve se guiar por políticas de identidade, como a ideologia de gênero. Ele afirmou que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino” e garantiu que sua administração poria fim à “engenharia social” relacionada a raça e gênero, buscando um país onde o mérito seja o principal critério para o sucesso.
Trump encerrou seu discurso com um tom otimista, prometendo restaurar a grandeza dos Estados Unidos. “A era de ouro dos Estados Unidos começa agora”, afirmou. Ele falou sobre a necessidade de reconstruir a confiança nas instituições do país, criticando o que chamou de “establishment corrupto e radical” que comprometeu a eficácia em lidar com crises, como o recente incêndio em Los Angeles e falhas no sistema de saúde e educação.