06/10/2017 09h42
Município aparece como a melhor cidade do Brasil em desenvolvimento econômico
Por: Dayane Milani / Dados: Revista Exame
Um estudo encomendado pela Revista Exame apontou as 100 melhores cidades do Brasil com mais de 100 mil habitantes com as melhores condições para a realização de negócios de investimento.
Os dados levantados pela consultoria Urban Systems, especializada no desenvolvimento das cidades, apontou Três Lagoas (MS) a 62º lugar do Ranking. São Paulo (SP), Vitória (ES) e Porto Alegre (RS) são as três primeiras colocadas no ranking.
Para elaborar o ranking das melhores cidades do Brasil para fazer negócio, foram analisados 28 indicadores. Cada indicador tem um peso conforme sua importância e atualidade, totalizando 27 pontos. Além do ranking das cidades mais promissoras para fazer negócio, foram feitos quatro recordes da lista principal, e Três Lagoas aparece como a melhor cidade do Brasil em desenvolvimento econômico.
Três Lagoas, com seus 113 mil habitante é sede de duas das maiores fábricas de papel e celulose do país.
A Fibria, que se instalou na cidade em 2009, e a Eldorado, três anos depois. Os investimentos tornaram Três Lagoas um oásis de geração de empregos em meio à crise econômica e dobraram o tamanho da população. Em 2016, o saldo de contratações foi de 3.500 postos de trabalho, o mais alto entre os municípios pesquisados.
A expansão também trouxe problemas: a extensão da mancha urbana aumentou 36% nos últimos dez anos. Os novos moradores optaram por viver em casas construídas em loteamentos abertos às pressas e sem infraestrutura de asfalto, esgoto tratado e iluminação.
No ritmo atual, a mancha urbana aumentará em mais 50% até 2030, quando a cidade deverá ter 220 mil habitantes. O resultado de uma cidade espalhada é que o poder público precisa gastar mais para garantir qualidade de vida aos cidadãos. Caso a expansão continue sem freio, será necessário 1,7 bilhão de reais extras nas próximas duas décadas para levar infraestrutura a toda Três Lagoas.
Por isso, desde o ano passado, mais de 1 mil moradores foram entrevistados sobre o que almejariam para a cidade até 2030, num projeto chamado de Três Lagoas Sustentável, financiado pelo Banco Mundial e por grandes empresas com operação local.
As ideias que surgiram das entrevistas ajudaram a traçar cenários alternativos e mais baratos para a expansão urbana de Três Lagoas.
Num deles, em que a abertura de loteamentos seria limitada e a construção de prédios residenciais estimulada com leis de zoneamento mais flexíveis, o custo da prefeitura para universalizar os serviços públicos cairia para 700 milhões de reais até 2030.
A pressão popular fez com que o material servisse de base para o novo Plano Diretor da cidade, aprovado no primeiro semestre deste ano.