10/06/2013 – Atualizado em 10/06/2013
Por: Folha de São Paulo
Empresas têm batido de frente na disputa pela instalação de shoppings em cidades promissoras.
Três Lagoas (MS) é um exemplo. A cidade, de cerca de 100 mil habitantes, recebeu investimentos de R$ 6,2 bilhões de uma fábrica de celulose, e atraiu duas empresas que querem construir um shopping na cidade, a Vértico, da WTorre, e a Landis, associada ao grupo americano Forest City.
Com financiamento farto, interior tem bolha de shoppings
As duas empresas concordam que existe demanda para apenas um shopping. Por isso, tentaram negociar uma parceria, mas não chegaram a um acordo. “Eu acho que eles recuaram”, afirma Waldemar Jezler Filho, diretor da Vértico e que confirmou a construção do shopping.
Mas não foi o que ocorreu. Dorival Regini, presidente da Landis, afirma que a intenção é realizar o projeto. “A cidade tem capacidade para fazer um shopping center”, afirma.
Em Rio Grande (RS), a 5R e a Iboty Participações (do grupo de acionistas do Iochpe-Maxion S.A, do qual o BNDESpar tem 25% de participação) anunciaram shoppings na cidade, de 200 mil habitantes. “Vai ter uma canibalização, um show de horror, porque só tem demanda para um”, diz Cesar Garbin, sócio da 5R.
Membros do setor afirmam que algumas empresas criam projetos para tentar vender para outros investidores, mas sem ter intenção de concretizá-los. A reportagem tentou falar com a Iboty, sem sucesso.