Três Lagoas está há exatos cinco dias sem registrar nenhuma morte causada por complicações da Covid-19 e isso é um reflexo direto da vacinação associada às medidas de prevenção e contenção da doença por parte da população no município. Porém, apesar da boa notícia, especialistas afirmam que ainda falta muito para que possamos voltar ao ritmo normal de vida.
Conforme dados levantados junto à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), essa é a primeira vez desde o final de janeiro e início de fevereiro deste ano que a Cidade não registra óbitos devido à Covid-19 por mais de cinco dias consecutivos e, segundo o médico da Família e Comunidade do setor, Vinícius de Jesus Rodrigues Neves, isso se deve às vacinas associadas à prevenção.
“As taxas de óbitos caíram como um todo, mas essa queda foi principalmente nas faixas etárias em que se completou a vacinação, especialmente entre as pessoas sem comorbidades ou sem comorbidades graves. Porém, nas pessoas de idade muito avançada ou naquelas com condições clínicas bastante graves, como câncer, entre outras, o risco de óbito ainda existe”, esclarece Neves.
O médico enfatizou que as vacinas junto do uso de máscaras e do distanciamento social reduzem o espalhamento do vírus, o que faz reduzir os casos e, por consequência, as internações e os óbitos. “Precisamos manter esse conjunto de ações para seguirmos nessa perspectiva de redução de casos. E vale lembrar que somente com vacinas é possível controlar a pandemia, pois não há medicamentos específicos que previnam e combatam a infecção pelo coronavírus”, completou.
ESTAMOS BEM, MAS EM ALERTA
Apesar da redução nos casos de óbitos e a ocupação de leitos públicos de UTI Covid-19 estarem relativamente baixa, não ultrapassando 70% nos últimos dias mesmo atendendo pessoas de outros municípios, Neves alerta que estamos longe de estar em um cenário de retorno à normalidade.
“Pra falarmos em um normal, precisamos de pelo menos 80% da população vacinada com as duas doses, e ainda estamos em 21%. Apesar dos esforços da SMS e do Governo do Estado em agilizar ao máximo a vacinação, essa porcentagem ainda é pouco para considerar um cenário de retorno à normalidade”, alerta Neves.
VARIANTES
Outro fator preocupante, segundo o médico, é que estamos na perspectiva de conviver com novas variantes, que devem logo predominar por aqui. “Por isso a necessidade de, mesmo aqueles que foram vacinados, manter distanciamento social, não realizar aglomerações e continuar a usar máscara. Os números estão melhorando, mas ainda há muito a ser feito para estarmos de fato tranquilos”, finalizou.
Fonte: Assessoria de comunicação