Saúde – 17/02/2013 – 14:02
Estudo realizado no Reino Unido mostrou que despejar açúcar granulado diretamente sobre feridas, como úlceras, e até mesmo amputações promove a cura quando antibióticos e outros tratamentos falharam.
O açúcar tira a água presente na ferida e impede que bactérias se multipliquem, acelerando o processo de cura.
A pesquisa é liderada por Moses Murandu, professor de enfermagem na Wolverhampton University, que cresceu no Zimbabwe, onde seu pai costumava usar açúcar para curar feridas e reduzir a dor, quando ele era criança.
Quando Murandu mudou-se para o Reino Unido, ele percebeu que o açúcar não era usado com esse fim.
Agora, ele está realizando um estudo de pequeno porte sobre a eficácia de açúcar, quando usado em pacientes hospitalares com feridas, como escaras, úlceras de perna e até amputações.
Um dos pacientes que recebem o tratamento como parte da pesquisa é Alan Bayliss, internado em um hospital em Birmingham.
Alan foi submetido a uma amputação acima do joelho na perna direita devido a uma úlcera em janeiro de 2013, e como parte da cirurgia a veia foi removida de sua perna esquerda.
No período pós-cirúrgico, Bayliss recebeu curativos padrão, mas a ferida na perna esquerda não foi curada de maneira eficaz. Enfermeiros contataram Moses e o paciente começou a receber o tratamento com açúcar.
Dentro de duas semanas, a ferida estava drasticamente reduzida em tamanho e está curando bem.
Quando Moisés fez o primeiro curativo ele usou quase todo o pote de açúcar, mas duas semanas depois ele só precisava usar 4 ou 5 colheres de chá. “Estou muito satisfeito de fato. Eu sinto que ele acelerou muito minha recuperação. Eu era um pouco cético no início, mas uma vez que eu vi o açúcar em ação, eu fiquei impressionado”, afirma Bayliss.
Até agora, 35 pacientes receberam o tratamento com sucesso, sem efeitos adversos relatados.
“É muito gratificante para mim ver os resultados, especialmente agora que os enfermeiros são capazes de assumir e administrar o tratamento depois de eu ter feito a avaliação inicial, e também ver que os pacientes estão experimentando os benefícios”, conclui Murandu.
Fonte: Portal R7