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Transtornos mentais em megacidades.

Saúde – 27/02/2012 – 15:02

O crescimento da população mundial está sendo concentrada em megacidades, isso causa um aumento da desigualdade social e uma urbanização associada ao stress. A Área Metropolitana da cidade de São Paulo fornece um exemplo prévio sobre a carga dos transtornos mentais em áreas urbanas no mundo em desenvolvimento. L.H.Andrade e colaboradores da Seção de Epidemiologia Psiquiátrica do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo estudam baseados em dados da cidade de S.Paulo os transtornos mentais em megacidades.

O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência, severidade e tratamento de transtornos mentais.Os autores estudam os correlatos sócio-demográficos, aspectos da vida urbana como a migração interna, a exposição à violência, e o nível de privação social dos locais aonde vivem esses pacientes com pelo menos a existência de 12 meses de transtornos mentais.

Uma amostra de domicílios representativa da população da cidade foi escolhida e se constituía de 5.037 adultos. Essa população foi entrevistada pessoalmente e essa entrevista gerou um diagnostico baseado na Classificação Internacional das Doenças e do capitulo DSM-IV especifico dos transtornos mentais da OMS- Organização Mundial da Saúde. Os dados dos últimos 12 meses anteriores a entrevista , permitiu analisar a gravidade do desvio e tratamento empregado. Os dados administrativos sobre a privação social foram recolhidas pelas estatísticas governamentais. Cerca de 30 por cento dos entrevistados relataram uma doença mental nos últimos 12 meses, com uma distribuição uniforme entre os diferentes níveis de gravidade. Os transtornos de ansiedade foram os distúrbios mais frequentes (afetando 19,9% dos pacientes ), seguido por transtornos do humor(depressão) (11%), falta de controle dos impulsos (4,3%), e uso de substâncias ilegais (3,6%) . A exposição ao crime foi associada com esses quatro tipos de transtornos. Migrantes tiveram baixa prevalência de todos esses quatro tipos de transtornos em comparação com os moradores estáveis da cidade.

A alta qualidade de bairros com melhoria urbana foi associada com os distúrbios do controle de impulsos e bairros com baixa qualidade urbana e de privação social elevada foi associado a transtornos por uso de substâncias ilegais. Subgrupos vulneráveis foram observados em homens e mulheres migrantes que vivem em áreas mais necessitadas de urbanização. Apenas um terço dos casos graves receberam tratamento no ano anterior dessa pesquisa.

Os autores afirmam que os adultos que vivem na megacidade de São Paulo tiveram prevalência de transtornos mentais em níveis maiores do que pesquisas semelhantes realizadas em outras áreas do mundo. Integração da promoção da saúde mental e os cuidados no sistema de saúde brasileiros em rápida expansão primários devem ser reforçado nesse setor. Esta estratégia pode se tornar um modelo para os poucos recursos da Saúde Publica e cidades altamente povoadas de países em desenvolvimento.

Fonte: RAM

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