Política – 05/05/2012 – 11:05
Trabalhadores da indústria da construção pesada de Três Lagoas e região do Bolsão querem 15% de ganho real acima do acumulado da inflação nos últimos 12 meses, que deve girar em torno de 6%. Essa e outras propostas, que fazem parte da Convenção Coletiva de Trabalho 2012/13, foram discutidas hoje pela manhã em Campo Grande entre o Sintiespav/MS, representando o lado laboral e o patronal pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Sinicon, com sede no Rio de Janeiro.
Os dois lados não chegaram a um acordo. O Sinicon ofereceu apenas 6,5% de reposição. A proposta foi rejeitada no ato pelo presidente do Sintiespav, Antônio Luiz de Oliveira e José Cleonildo Dias, diretor. Ambos estavam na negociação na sede da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, que tem apoiado a luta dos trabalhadores da construção civil (leve e pesada) de Três Lagoas e Região.
Do lado patronal na negociação estava o diretor do Sinicon, Alfredo Marcos da Silva. Diante da recusa da contra proposta, ficou acertado para o dia 12 de maio a segunda rodada de negociação, também em Campo Grande, na sede da Força Sindical MS.
O presidente da central em MS, Idelmar da Mota Lima, também participou da mesa de negociação. “Temos procurado apoiar também essa categoria da indústria da construção civil, leve e pesada, pois são profissionais escassos no mercado e por isso devem ser valorizados também economicamente. Esperamos que a classe patronal se conscientize disso e pague salários dignos, à altura da necessidade deles no mercado”, comentou.
Além do reajuste salarial de 15% acima da inflação, os trabalhadores nas indústrias da construção pesada querem também 5 folgas de campo a cada 90 dias. Hoje elas acontece a cada 6 meses. Para o Vale Alimentação, o reajuste solicitado é de R$ 250,00 para R$ 500,00. Vale lembrar que durante a greve, com apoio da Força Sindical, o Sintiespav conseguiu elevar o valor desse vale que era de R$ 100,00 para os atuais R$ 250,00.
Outra reivindicação dos trabalhadores é de elevação dos valores pagos pelas horas extras. Para os domingos e feriados, as horas trabalhadas seriam acrescidas de 150% sobre seu valor normal.
Como não selaram o acordo, as partes encerraram a reunião por volta das 12 horas e retornaram às suas respectivas cidades. No próximo dia 12 eles voltam a se reunir. “Nesse dia esperamos que a classe patronal reflita sobre nossa posição e nos ofereça uma contraproposta melhor, com ganho real de 15% como solicitamos”, comentou o presidente Antônio Luiz de Oliveira.
Fonte: Força Sindical / Rádio Caçula