03/10/2016 – Atualizado em 03/10/2016
Os presidentes do Brasil e da Argentina também discutiram o papel da Venezuela no bloco sul-americano e a paz na Colômbia.
Por: Veja
Em visita à Argentina, o presidente Michel Temer reuniu-se nesta segunda-feira com o mandatário argentino Mauricio Macri para discutir o fortalecimento do Mercosul, a crise política e econômica na Venezuela e a rejeição do povo colombiano ao acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Após o encontro, Temer e Macri deram uma entrevista coletiva na residência presidencial, em Olivos.
“Em um mundo globalizado, impulsionar o Mercosul servirá para integrarmos o mundo. Devemos lutar contra a pobreza, o crime organizado e o narcotráfico – são muitos temos que nos unem”, disse Macri. Sobre a integração do país governado por Nicolás Maduro ao bloco, o presidente brasileiro afirmou que os quatro membros fundadores do Mercosul têm a mesma posição. “Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai têm a mesma posição formal de que Venezuela deve cumprir os requisitos necessários para a integração definitiva ao Mercosul”, declarou Temer.
Na entrevista coletiva, os dois presidentes também falaram a respeito da vitória do “não” no referendo que votou o acordo de paz do governo da Colômbia com as Farc. Temer pediu “uma opção de paz na Colômbia”, e Macri ressaltou que o resultado da consulta popular foi muito apertado (50,2% dos votos contra o acordo, e 49,8%% pelo “sim”), e que “muita gente acredita que na via do acordo, e outros que também querem a paz, mas por outros meios”.
Ao final da entrevista, Temer e Macri ressaltaram a importância das relações comerciais entre os dois países. O mandatário brasileiro destacou “os laços históricos que nos unem há anos” para explicar que “quis que a primeira viagem internacional fosse para a América do Sul, para a Argentina”. “Concluímos que podemos trabalhar juntos não só para fortalecer o Mercosul. Queremos aumentar nossas relações não apenas políticas, mas também comerciais”, disse Temer. “Este encontro coroa meses de trabalho, com uma agenda ambiciosa”, disse o presidente argentino.