Nova unidade terá capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.
A Suzano, maior produtora mundial de celulose de mercado e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, prevê concluir até junho de 2024 a construção da fábrica de celulose a ser instalada no município de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas ao ano, ampliando a capacidade instalada de celulose de mercado da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais.
O cronograma do projeto, com investimentos que totalizam R$ 22,2 bilhões, foi anunciado junto à divulgação dos resultados referentes ao segundo trimestre de 2023, ocorrida ontem. “Já investimos R$ 12,4 bilhões no Projeto Cerrado e, mesmo em um ambiente mais desafiador no mercado global, continuamos a gerar caixa e evoluir em nossas avenidas estratégicas, fortalecendo nosso modelo de negócios e nossa posição competitiva”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.
Os resultados do segundo trimestre refletem período marcado por menores preços da celulose no mercado global, câmbio mais apreciado, custos ainda pressionados e maior concentração de paradas programadas nas linhas de produção, incluindo as unidades Imperatriz (MA), Mucuri (BA), Limeira (SP) e Jacareí (SP).
A despeito do cenário mais desafiador, a companhia reportou EBITDA ajustado de R$ 3,9 bilhões e geração de caixa operacional de R$ 2,2 bilhões no segundo trimestre. A comercialização de celulose totalizou 2,5 milhões de toneladas e as vendas de papéis atingiram 294 mil toneladas. A receita líquida do período somou R$ 9,2 bilhões e, na última linha do balanço, a companhia registrou resultado líquido positivo de R$ 5,1 bilhões.
Os investimentos da Suzano somaram R$ 7,3 bilhões no segundo trimestre, o que representa um acréscimo de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte dos recursos, no total de R$ 2,4 bilhões, foi destinada ao Projeto Cerrado. A companhia também investiu R$ 1,8 bilhão na compra de terras e formação de base florestal e R$ 1,7 bilhão em atividades de manutenção, entre outros desembolsos.
Entre os destaques do segundo trimestre estão a conclusão da compra dos ativos de Tissue da Kimberly-Clark no Brasil e o início das operações da fábrica de fibras têxteis da Woodspin, joint venture entre a Suzano e a empresa finlandesa Spinnova.