Em diversos estados do Brasil, servidores públicos estão recebendo salários que ultrapassam significativamente o teto estabelecido para cargos federais. Este fenômeno tem chamado atenção pela discrepância entre os ganhos de servidores estaduais e os de altos cargos federais, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um exemplo notório ocorre em Mato Grosso do Sul, onde auditores e procuradores chegam a ganhar até R$ 49 mil por mês, ultrapassando o teto máximo de R$ 44 mil, valor correspondente ao salário de um ministro do STF. Esses supersalários representam um impacto substancial nos orçamentos estaduais.
Para se ter uma ideia, considere que a cada R$ 100 arrecadados pelos estados, cerca de R$ 60 são destinados a cobrir despesas relacionadas não apenas aos salários desses servidores, mas também aos benefícios de aposentadorias e pensões. Esse cenário levanta questões sobre a sustentabilidade financeira dos estados e a justiça na distribuição de recursos públicos.