O sistema prisional de Mato Grosso do Sul enfrenta uma grave crise de superlotação. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que em 31 de agosto de 2024, havia 21.497 internos no estado, enquanto a capacidade total é de apenas 11.966 vagas. Isso representa uma superlotação alarmante de quase 80%.
A maior parte da população carcerária (17.108) está em regime fechado, com uma diferença significativa entre o número de presos (13.621) e presas (879). Há também 3.487 internos em regime semiaberto, sendo 2.394 homens e 218 mulheres. O sistema ainda utiliza a monitoração eletrônica para 3.292 indivíduos.
Do total de internos, 12.996 são condenados, enquanto 8.501 são provisórios, processados ou em outras situações processuais. A Sejusp não detalhou a distribuição por tipo de crime, o que dificulta uma análise mais aprofundada da situação.
A superlotação do sistema prisional gera preocupações sobre as condições de segurança e saúde dos internos, além de impactar a eficácia do sistema de justiça como um todo. Especialistas defendem a necessidade de políticas públicas mais eficazes para enfrentar a crise, incluindo a ampliação de vagas, a implementação de penas alternativas e a revisão de processos para reduzir o número de presos provisórios.
A Sejusp informou que está trabalhando em soluções para melhorar a situação, mas não forneceu detalhes sobre as medidas em andamento. A falta de informações detalhadas sobre a distribuição por tipo de crime e a proporção de presos provisórios em relação aos condenados dificulta uma análise mais completa da situação e a implementação de políticas públicas mais eficazes.
Em resumo:
- Total de Internos: 21.497
- Total de Vagas: 11.966
- Superlotação: Aproximadamente 80%
- Presos em regime fechado: 13.621
- Presas em regime fechado: 879
- Condenados: 12.996
- Provisórios/Processados/Condenados: 8.501
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – MS