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Simone se coloca a disposição do partido em 2014, mas diz preferir o senado ao governo

Política – 19/03/2012 – 13:03

No mês de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, oito de março, o Jornal do Ônibus entrevista a vice-governadora em exercício Simone Tebet. Filha do saudoso senador Ramez Tebet, Simone ocupou lugar de destaque na política sul-mato-grossense.

O nome de Simone foi projetado pelo trabalho à frente da prefeitura de Três Lagoas, entre 2004 e 2010, quando deixou a prefeitura para ser vice-governadora de Mato Grosso do Sul.

De competência comprovada e personalidade declarada, Simone é um dos nomes cotados para o governo do estado em 2014, mas diz estar a disposição do partido para cumprir qualquer “missão” para a qual for designada.

Jornal do Ônibus – Estamos no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Em Mato Grosso do Sul temos algumas mulheres que se destacaram na política, a senhora é uma delas. A que atribui essa participação feminina na política?

Simone Tebet – O Brasil, de forma inédita elegeu uma mulher presidente da República, esse é um grande avanço. Entretanto nós não vemos esta evolução na maioria dos municípios brasileiros. A política ainda é tradicionalmente um mundo masculino. Mato Grosso do Sul elegeu em 2008, 10 mulheres prefeitas e 93 vereadoras para seus 78 municípios. Uma porcentagem considerada alta em termos de Brasil. Já no legislativo contamos hoje com apenas duas deputadas estaduais e uma senadora, porém nenhuma deputada federal. Aos poucos as mulheres conquistam mais espaços.Hoje somos a maioria do eleitorado no Brasil.

Jornal do Ônibus – Desde 1997, a Lei 9504, na tentativa de aumentar a participação por gêneros na política, estabelece que haja no mínimo 30% de participação feminina nas candidaturas. Ainda assim, hoje temos apenas duas mulheres na Assembleia Legislativa e quatro na Câmara Municipal de Campo Grande. O que falta para que essa participação seja mais efetiva?

Simone Tebet – Falta principalmente vontade que as mulheres efetivamente façam política, falta vontade dos partidos, dos dirigentes, de quem hoje detêm o poder. Detenham e cheguem ao poder. Você tem a lei, das cotas, de 30% de vagas destinadas às mulheres, mas os partidos buscam mulheres simplesmente para preencher estas cotas. Fazer política, nós fazemos política todos os dias. Nós fazemos política nas filas dos bancos, nos bancos dos ônibus, no supermercado, e principalmente, quando nós criamos nossos filhos para o mundo. Política é isso, é a arte de administrar a vida. E ninguém mais do que a mulher administra a vida com tanta diversidade, com tantas atividades ao mesmo tempo. Agora, uma coisa é participar, uma coisa é fazer política de bastidores, política do dia a dia, outra coisa é participar da vida pública e ter o poder de mudar o poder.

Jornal do Ônibus – Em 2002 a senhora ingressou na política, como deputada estadual; em 2004 foi a primeira mulher a ocupar o poder executivo em Três Lagoas; em 2010 foi eleita vice-governadora, também como a primeira mulher a ocupar o cargo. Em 2014 pretende ser a primeira governadora do estado?

Simone Tebet – Nós, mulheres fazemos política para servir. Não tenho apego a cargos. Quero continuar fazendo política por amor a Mato Grosso do Sul e a nossa gente.

Jornal do Ônibus – Embora seu nome seja cotado como uma possível candidata ao governo do

Estado em 2014, a senhora sempre deixou claro a intenção de ocupar um

lugar no senado federal, onde seu pai e grande “mentor” político atuou com maestria. Se essas duas idéias se confrontassem no mesmo momento, qual caminho escolheria?

Simone Tebet – Se a escolha dependesse de mim, gostaria muito de estar no Senado, terminando o mandato que meu pai não chegou a concluir em razão do seu falecimento. Continuar o trabalho do meu pai, de amor e respeito ao Mato Grosso do Sul. Mas eu faço parte de um partido, de um grupo político e essa decisão não depende da minha vontade.

Jornal do Ônibus – Sendo eleita para o Senado Federal, eventualmente, o que pensa em mudar lá?

Simone Tebet – Gostaria de representar o meu Estado no Senado procurando, com os conhecimentos que tenho aprovar leis que efetivamente possam mudar a realidade da população, que permitam melhorar a qualidade de ensino, que possam ser decisivas para termos uma saúde pública decente,que o povo brasileiro realmente merece. Gostaria de apresentar projetos de leis que promovam a verdadeira mudança social, diminuir a desigualdade social e garantir emprego e renda para a população. Sei que no Congresso Nacional, como legisladora, temos a possibilidade de promover essa transformação. Porque no Executivo, por mais que haja boa vontade se a lei não existir o executivo não pode agir.

Jornal do Ônibus – Qual o seu ideal para uma eventual administração de Mato Grosso do Sul?

Simone Tebet – O governante tem que ter, como o governador André Puccinelli tem, o foco no social. Educação e saúde de qualidade, projetos sociais voltados para o menor, para a melhor idade, geração de emprego e renda, habitação. Mas a administração ideal não pode fugir de uma verdade absoluta: não se faz social sem dinheiro. Então tem que ser um governo que vise o social mas sem perder o foco na economia. Conseguir cada vez mais recursos do governo federal sem aumentar impostos da população.

Jornal do Ônibus – Por vezes a senhora declarou que a política está no seu sangue, existe um limite para a carreira política de Simone Tebet, ou ainda uma meta determinada a ser cumprida?

Simone Tebet – Quem está na vida pública não pode impor limites. É uma obrigação servir bem ao povo e da melhor maneira possível. Enquanto houver famílias que precisam de assistência, obras de infraestrutura necessárias para alavancar a economia do Estado, professores que precisam ser melhor

remunerados, servidores que precisam de melhores salários, enquanto houver um pai de família desempregado, jovens precisando de auxílio na sua

formação, ou seja, enquanto o povo precisar, não há limite. O limite alcançar a igualdade, a justiça social e garantir dignidade para as pessoas.

Fonte: Olhar MS

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