Esporte – 14/01/2012 – 10:01
Enquanto a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica recomenda que todas as mulheres que usam as próteses da marca francesa PIP ou da holandesa Rofil sejam operadas para retirada do silicone, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda que isso só seja feito se o implante se romper. O fato é que o medo tomou conta da vida da maioria das siliconadas.
A decisão do Governo brasileiro de não garantir a substituição das próteses da PIP e da Rofil que não se romperam deixou muita gente assustada. Como visto, não há razão pra isso. Aliás, foi publicado artigo de Ivo Pitanguy sobre o assunto no jornal francês “Le Monde” dessa quinta-feira (12/01).
Consultamos alguns grandes nomes da cirurgia plástica, inclusive Pitanguy, que chega ao Brasil neste sábado (14/01), vindo de Gstaad (Suíça, onde costuma passar férias todo fim de ano). Ele explica: “Não deve haver pânico. Eu sugiro que a mulher vá ao seu médico avaliar as condições da prótese e, se estiver tudo bem, jamais deve ser retirada. O silicone é protegido por um invólucro – não rompe tão fácil”. E continua: “Nunca usamos essas marcas na clínica. No Brasil existem próteses muito bem confeccionadas e muito confiáveis – costumo usar Silimed”.
Outro cirurgião, Paulo Müller, que foi aluno de Pitanguy, concorda com o professor: “Sou a favor de uma mamografia e, só nos casos de ruptura, é que tem de trocar. Ainda que isso precise ser feito, essa troca é uma cirurgia de rotina”. Concorda ainda sobre as marcas brasileiras: “Existem marcas nacionais de muita qualidade; nunca utilizei essas citadas”, afirma.
Rawlson de Thuin, outro cirurgião com grande área de atuação no Rio, comenta o assunto: “Só uso prótese brasileira, e nunca tive problema em 20 anos de profissão. Quanto a serem retiradas indiscriminadamente, jamais; só se apresentar alguma alteração, inclusive as psicológicas. Fora isso, sou contra.”
Fonte: Ig