Ele foi alvo da Operação Dedo Podre, deflagrada pela Polícia Civil de Dracena
O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito civil para apurar supostos atos de improbidade administrativa, praticados pelo então gerente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Selvíria (MS), acusado de receber propina para “liberar” CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação) irregulares.
O servidor foi alvo da Operação Dedo Podre, deflagrada pela Polícia Civil de Dracena (SP) em 2019, e chegou a ser preso. Além dele, também foram presos dois irmãos proprietários de um escritório despachante em Ilha Solteira (SP) e um empresário de recursos de multas de trânsito de Dracena. Ao todo, foram 191 pessoas investigadas por envolvimento com a organização criminosa.
As informações da polícia eram de que o grupo inseriu dados falsos na transferência de pontos e renovação de carteiras de habilitação, cometendo crimes de corrupção e falsidade ideológica. Motoristas de São Paulo transferiram os pontos em suas CNH’s para Mato Grosso do Sul, a fim de evitar penalidades administrativas por conta de infrações de trânsito praticadas.
Orientados pelo grupo, os motoristas apresentavam endereços falsos para facilitar o esquema. O empresário de Dracena cooptava os clientes com penalidades nas CNH’s e, após recebimento de propina, repassava os dados para os despachantes em Ilha Solteira. Estes, em seguida, pegavam o dinheiro e os dados dos clientes e repassavam para o Detran de Selvíria.
O servidor sul-mato-grossense, por sua vez, fazia vistas grossas às penalidades e inseria dados falsos no sistema do Detran, isentando os motoristas das penalidades em uma nova transferência para o estado de São Paulo. A suspeita é de que eles tenham movimentado aproximadamente R$ 200 mil.
Neste sentido, além da investigação policial, o servidor também foi alvo de procedimento administrativo do Detran, que constatou as irregularidades e encaminhou relatório ao MPMS. Assim, a 7ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas instaurou o inquérito civil para apurar as responsabilidades do servidor, para que além da esfera criminal, ele também responda na esfera cível por atos de improbidade administrativa.
Informações do site Midiamax