O Brasil fechou o ano de 2024 com um saldo positivo de 1.693.673 empregos formais com carteira assinada, representando um crescimento de 16,5% em relação ao ano anterior, quando o saldo foi de 1.454.124 empregos, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Em 2024, foram registradas 25.567.548 contratações e 23.873.575 desligamentos, resultando no saldo positivo. O estoque de vínculos celetistas ativos alcançou 47.210.948 em dezembro, uma variação de 3,7% em relação ao ano anterior, que contabilizou 45.517.275 vínculos. No acumulado de 2023 e 2024, o saldo de empregos no país foi positivo em 3.147.797 empregos.
Setores com maiores saldos positivos
Todos os setores da economia tiveram saldo positivo em 2024. O setor de Serviços liderou com 929.002 novos empregos, seguido pelo Comércio (336.110 vagas), Indústria (306.889), Construção Civil (110.921) e Agropecuária (10.808).
Desempenho por região e unidade da federação
Todas as 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo. São Paulo se destacou com 459.371 empregos gerados, seguido por Rio de Janeiro (145.540) e Minas Gerais (139.503).
Nas regiões brasileiras, o Sudeste gerou 779.170 postos (+3,35%), o Nordeste 330.901 (+4,34%), o Sul 297.955 (+3,58%), o Centro-Oeste 137.327 (+3,38%) e o Norte 115.051 (+5,07%). Em termos relativos, Amapá (+10,07%), Roraima (+8,14%), Amazonas (+7,11%) e Rio Grande do Norte (+6,83%) tiveram as maiores variações.
Perfil dos novos empregos
Os dados do Caged mostram que as mulheres ocuparam a maioria das novas vagas em 2024, com saldo positivo de 898.680 empregos, enquanto os homens ficaram com 794.993 vagas. O saldo foi positivo também para pardos (1.929.771), brancos (908.732), pretos (373.501) e amarelos (13.271). Porém, foi negativo para indígenas, com -1.502 empregos.
O salário médio real de admissão foi de R$ 2.177,96, um aumento de R$ 55,02 (+2,59%) em comparação a 2023. Para trabalhadores típicos, o salário médio foi de R$ 2.211,13, e para não típicos, R$ 1.941,72.
Dados de dezembro
Apesar do resultado positivo no ano, dezembro registrou uma redução de 535.547 empregos, uma variação de -1,12%.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luís Marinho, afirmou que o resultado foi maior que o esperado, que era de cerca de 450 mil. Questionado sobre a influência das sucessivas altas na taxa básica de juros (Selic) nos números, Marinho disse que o ministério continuará observando o comportamento da economia.
Ontem (29), o Copom aumentou a taxa Selic para 13,25% ao ano, justificando a decisão pela alta do dólar e incertezas econômicas globais. O texto apontou que a economia brasileira está aquecida, com a inflação acima da meta, e que as incertezas sobre os gastos públicos provocaram perturbações nos preços dos ativos.
“O combate à inflação não se dá apenas pela restrição ao crédito e aumento de juros, mas também pelo aumento da produção”, criticou o ministro.
Com informações Agência Brasil