Saúde – 24/02/2012 – 15:02
Em busca da fonte de todos os sentimentos intensos e controversos que acompanham a paixão, cientistas analisaram o cérebro dos apaixonados. No estudo feito pela Universidade de Nova York em Stony Brook, voluntários que diziam estar profundamente enamorados deveriam olhar para algumas fotos enquanto passavam por uma ressonância magnética.
Quando uma imagem do amado aparecia, o cérebro dessas pessoas produzia uma reação na parte do órgão responsável pelo nosso senso de motivação e recompensa – a mesma área ativada quando um viciado entra em contato com uma droga.
Em outras palavras, você fica, literalmente, viciado em outra pessoa.
Também conhecido como “centro do prazer”, essa área do cérebro é responsável por reconhecer algo que é bom. E, segundo especialistas, o estímulo dessa região para que você encontre alguém que o faça sentir-se bem pode ser até mais poderoso do que o desejo sexual.
Mas assim que a fase da conquista e a empolgação inicial com a nova paixão passam, o cérebro para de agir desta forma? Não completamente. Em outro estudo da Universidade de Nova York, foram feitas ressonâncias magnéticas em casais que estavam juntos, em média, por 21 anos.
Quando viam fotos de seus companheiros, a região cerebral ativada não era o “centro do prazer”, mas sim uma região associada ao afeto e a uma ligação de contentamento com recompensas. Ou seja – existe, sim, um declínio na paixão, mas um enorme crescimento na área do cérebro ligada ao companheirismo. E, de acordo com os cientistas, é isso que faz com que humanos fiquem juntos por anos, criem filhos e tenham uma vida juntos, ao contrário de outros mamíferos.
Fonte: Galileu