Quem conheceu Ribas do Rio Pardo há alguns anos atrás, com certeza se espanta ao entrar na cidade em 2023.
A cidade, localizada a 94 quilômetros de Campo Grande, está recebendo o maior investimento privado em andamento no país: ao todo, serão R$ 22,2 bilhões para colocar em funcionamento a terceira planta industrial da Suzano no Mato Grosso do Sul.
Nesse cenário, alguns setores – como o de hotelaria, por exemplo – vivenciam o “boom” econômico de uma forma mais rentável do que outros. É muito dinheiro circulando num espaço de tempo relativamente curto.
Esse contexto, no entanto, não é capaz de causar uma “boa impressão” em quem está de passagem pela antiga Capital do Gado. Quem vem de fora se depara com uma cidade mal cuidada, suja e com uma infraestrutura em total degradação. Em alguns lugares, por exemplo, as ruas perderam totalmente o asfalto.
Nem a política de investimentos sociais da Suzano tem sido capaz de estabelecer um cenário menos desolador. A empresa, que direcionou R$ 13,8 milhões para investir em projetos distribuídos em eixos como educação, saúde e infraestrutura, já está incrementando a arrecadação do município.
A previsão é que em 2026, Ribas do Rio Pardo se torne a quinta economia de Mato Grosso do Sul, com uma arrecadação anual projetada na casa dos R$ 500 milhões. Um salto que quase quintuplica a realidade financeira da cidade com aproximadamente 25 mil habitantes.
Os moradores mais antigos, que desde a década de 70 sonham com a instalação de uma fábrica que trouxesse progresso e empregos, precisam ter um pouco mais de paciência. No momento, a cidade está vivendo as “dores do crescimento” e a qualidade de vida, no geral, está pior.
Os jovens, no entanto, conseguem vislumbrar oportunidades que nunca poderiam ser imaginadas há alguns anos atrás. O próximo ano, inclusive, trará duas delas: a inauguração da Suzano, em junho e as eleições municipais, em outubro.