Esporte – 12/01/2012 – 10:01
Quanto maior a formação, melhor a remuneração. Essa é uma das premissas do atual mercado de babás no Brasil. A procura por profissionais que possuem o conhecimento de outros idiomas, cursos superior ou específico na área do desenvolvimento infantil têm crescido no segmento brasileiro, segundo Taluana Adjunto, dona da agência Elite Care.
De acordo com Renata Simonetti Marchetti, sócia da agência Alô Babá, uma profissional com maiores qualificações pode ganhar até R$ 3.000. “Uma babá mais qualificada, ou seja, com mais de cinco anos de experiência, que fale outro idioma e/ou tenha formação superior ficaria em torno de R$ 1.500 a R$ 1.800 para não dormir no emprego e entre R$ 2.300 e R$ 3.000 para dormir na residência em que irá trabalhar”, afirma Renata.
Dicas para conquistar uma vaga de babá
Apresentação pessoal: Ao ir para uma entrevista procure ir sem maquiagem, salto não muito alto, pouco perfume, roupas comportadas e mantenha as unhas curtas e dê preferência as cores de esmalte claras;
Escolaridade: Quando maior melhor. Busque comprová-la com o boleto da mensalidade em caso de estudantes ou diploma quando formada;
Disponibilidade: A babá precisa ser flexível, pois a mãe geralmente trabalha e precisa ter alguém para contar em caso de atrasos, compromissos de última hora, viagens, etc. A babá que não pode cobrir um sábado ou eventualmente sair mais tarde terá dificuldade em encontrar uma boa vaga;
Interesse verdadeiro por criança/bebê: Em caso de entrevistas em que a criança está junto, os pais ficam muito atentos ao comportamento da profissional. “Se ela entrar e nem olhar para o bebê e ficar preocupada apenas com os pais pode esquecer!”, ressalta Taluana;
Seja discreta, porém tenha iniciativa: Pode parecer paradoxal, mas não é. Durante a entrevista a profissional não precisa demonstrar simpatia extrema, mas o fato de questionar rotina e hábitos da família e da criança já demonstram interesse e preocupação com o cargo que ira exercer;
Contenha a ansiedade: Querer falar muito das suas habilidades antes de ouvir as necessidades do cliente pode atrapalhar. Não adianta, por exemplo, querer mencionar que foi dançarina de balé do Municipal com várias premiações se for cuidar de um menino. A habilidade pode demonstrar disposição física – e deve ser mencionada, mas não deve ser considerada tão relevante para o cargo.
Maior exigência
Caraterizadas por ter alguns diferenciais em seus currículos como ter habilitação para dirigir, ser bilíngue, ter cursos profissionalizantes – em recreação, primeiros socorros, entre outros – ou ainda ter uma formação superior, essas babás têm atraído os olhares de pais mais exigentes e com um nível socioeconômico mais elevado, explicam as especialistas ouvidas pelo UOL Empregos.
“Os pais participam ativamente do processo e a faixa etária varia entre 30 e 40 anos. Além disso, geralmente as mães das crianças também trabalham e exercem cargos relevantes”, acrescenta Taluana Adjunto.
Apesar de alguns apelidarem as profissionais como “babá de luxo”, a dona da agência Elite Care discorda dessa denominação. “Na realidade, apesar de inevitável, não gostamos de utilizar este termo porque no Brasil ainda existe muito preconceito com os serviços que possuem características domésticas. As próprias profissionais ou estudantes universitárias têm preconceito quando dada esta conotação. Dessa forma, caracterizamos a função como monitora infantil particular ou eventual”, destaca Taluana.
Na função, as profissionais são enviadas pela agência para dedicar 100% da atenção à criança atendida. “Por essa razão, elas não realizam serviços domésticos como lavar, passar, cozinhar ou faxinar o quarto da criança. Suas atividades incluem dar alimentação, banho, higienizar os pertences (brinquedos, cadeirões, bolsas, loucas, mamadeiras) e, acima de tudo, estar com a criança”, explica Taluana.
Mercado
Para Renata Simonetti Marchetti, a dificuldade em encontrar profissionais mais qualificadas no mercado de babás contribuiu para que o salário da categoria aumentasse nos últimos anos. “Há muita escassez de mão de obra qualificada. Aqui na agência, por exemplo, não conseguimos atender mais do que 30% de nossa demanda por boas profissionais.”
Taluana Adjunto acrescenta que sua agência tem muito mais clientes do que oferta de mão de obra. “Acho que é um mercado novo, para muitas ainda é desconhecido. De qualquer forma, vejo um segmento ávido por profissionais que, muitas vezes, estão sem emprego, ganhando pouco ou sem novas alternativas. Portanto, sem dúvida, afirmo que é sim um mercado muito promissor e ascendente.”
Fonte: Uol