Com a crise econômica, frente à Covid-19, empresários estão apreensivos com o quadro de funcionários e fornecedores a serem pagos.
19/03/2020 11h11
Por: Julia Vasquez
TRÊS LAGOAS (MS) – Empresários três-lagoenses, especialmente da rede de hotelaria, bares e restaurantes, além de outros seguimentos, sem dúvida alguma estão apreensivos para saber como vão continuar honrando seus compromissos, entre eles, a folha de empregados.
Desde que o Ministério da Saúde anunciou o estado de emergência quanto à pandemia e orienta que as pessoas não saim de casa sem necessidade, o comércio está mais vazio.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas (Sindivarejo), Sueide Silva Torres, o setor apresentou ao Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Três Lagoas, recomendações para ajudar na interrupção de transmissão da doença.
Entre elas: a disposição de alcóol gel nas lojas e o afastamento do trabalho dos trabalhadores idosos e gestantes, pois compõem o grupo de risco.
Outra sugestão apresentada por Sueide e outros empresários ao prefeito foi a postergação do pagamento do IPTU.
Com o risco de contaminação do coronavírus, diversas pessoas estão em quarentena, principalmente os idosos e tal comportamento é o mais adequado, mas faz com que o fluxo do comércio diminua.
O impacto é visto a olhos nus: mesas de bares e restaurantes mais vazias, hoteis vazios, lojas mais vazias
O cenário é de bastante apreensão mas,ao mesmo tempo de buscas criativas de sustentabillidade.
Exemplo: o governo estadual e federal devem anunciar medidas para ajudar o micro e pequeno empresário para que eles possam manter as portas abertas. Entre as medidas: ajudar com recursos para o pagamento de salários.
A ideia é evitar que estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes, hoteis e lojas fiquem à deriva e como consequência, os empregados perdam os seus postos de trabalho.
Economistas afirmam que, um cenário de crise é assustador mas, é justamente no caos que surgem a retomada da economia, uma vez que as ações são pensadas de foma mais coletiva, onde todos ganham.
Um bom exemplo: os donos de bares e restauarntes podem solicitar a redução de preço da carne bovina. Neste sentido, o produtor ruraL e frigoríficos podem abaixar o preço da carne, de tal forma que mantenha a cadeia produtiva em pleno funcionamento.
Outro exemplo de superação econômica é o aumento das vendas de comida delivery. Uma vez impedidas de frequentar bares e restaurantes, as famílias passam a pedir comida em casa.
Nesta cadeia, o dono do restaurante mantém o fluxo de venda, o consumidor ganha com preços mais baixos pois, o empresário certamente não vai repassar os custos com o serviço de garçons e etc. e, de quebra, a família ganha momentos impagáveis de confraternização.
O susto e o medo são enormes. Mas, certamente Três Lagoas – que já superou fechamento de UFN 3 – vai mais uma vez despontar como seu peculiar “pulo do gato”.