O ex-governador André Puccinelli (MDB) está sem mandato desde 2014, quando deixou o Governo de Mato Grosso do Sul, mas continua fazendo política e, diariamente. Recentemente, andou anunciando que não disputará mais cargos na majoritária, mas tem feito muitas costuras políticas e agora envolvendo a família.
Puccinelli é presidente de honra do MDB, que terá troca de comando no mês de agosto. Márcio Fernandes tem intenção de se candidatar, mas Puccinelli trabalha para dar o lugar hoje ocupado por Junior Mochi para o ex-senador Waldemir Moka.
Conforme o Investiga MS, a decisão não agradou a ala tucana, que tem proximidade maior com Márcio Fernandes, mas tudo pode mudar na intensa costura que Puccinelli lidera. O ex-governador deixou claro que não vai disputar a majoritária, mas pode emplacar os filhos na vida política.
Uma das possibilidades que surgiu recentemente é a indicação de uma das filhas de Puccinelli para o posto de vice da chapa liderada por Beto Pereira (PSDB) para a Prefeitura da Capital na eleição do próximo ano.
Outra articulação envolve cargo que ficará vago em 2025, quando o atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jerson Domingos, se aposentará. Há uma articulação para que André Puccinelli Junior substitua Jerson no TCE. Atualmente, ele é servidor do TCE, nomeado, justamente, por Jerson Domingos. Exerce a função de diretor, símbolo TCDS-100, da Consultoria Jurídica, com salário de R$ 44,8 mil.
O conselheiro já tem idade para se aposentar, o que gerou especulação há alguns meses, mas ele negou e acabou assumindo a presidência do tribunal. A vaga de Jerson é de indicação política. Geralmente, o governador que pilota toda articulação para as indicações, seja feita pelo próprio governo ou pela Assembleia Legislativa.
No meio de tantas articulações, a ministra Simone Tebet e o secretário de Governo, Eduardo Rocha, oferecem um almoço nesta segunda-feira, com participação do governador Eduardo Riedel, ex-governador Reinaldo Azambuja e parte da cúpula do MDB.