Iniciativa prevê R$ 5,8 bilhões em investimentos e melhorias em rodovias de Mato Grosso do Sul.
Em uma reunião realizada nesta terça-feira, 10, com deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel apresentou o projeto “Rota da Celulose”, que propõe a concessão de importantes trechos rodoviários, incluindo as BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395. O objetivo é melhorar a infraestrutura viária do Estado, tornando o tráfego mais seguro e eficiente, além de estimular o desenvolvimento econômico regional.
Embora o projeto não precise ser aprovado pela Assembleia, Riedel fez questão de discutir os detalhes com os parlamentares. Ele ressaltou que o projeto inclui a delegação de trechos de rodovias federais ao Estado, criando um pacote único de 870 km de rodovias que será leiloado em dezembro. “Essa modelagem atraiu o interesse do mercado, o que será essencial para o sucesso do leilão”, afirmou o governador.
A proposta prevê investimentos da ordem de R$ 5,8 bilhões para a duplicação de trechos, construção de acostamentos e terceiras faixas, além da oferta de serviços de apoio aos motoristas, como ambulâncias e guinchos. “Esse é um dos maiores projetos rodoviários do Brasil, e será conduzido de forma flexível, permitindo novos investimentos conforme o aumento do tráfego”, destacou Riedel.
No encontro, o governador entregou cópias do projeto aos deputados e respondeu a perguntas, esclarecendo pontos importantes sobre a concessão. O presidente da Assembleia, deputado Gerson Claro, elogiou a iniciativa, ressaltando que o modelo de concessão combina rodovias federais e estaduais, oferecendo melhorias para a população ao longo dos próximos 30 anos.
O próximo passo será o lançamento do edital de concessão em setembro, com o leilão marcado para 12 de dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O pacote de rodovias inclui 870 km de estradas que cruzam nove municípios do Estado, incluindo Campo Grande, Três Lagoas e Nova Alvorada do Sul. As melhorias previstas abrangem 114,5 km de duplicações, 457 km de acostamentos e 251 km de terceiras faixas, além de outros dispositivos para garantir mais segurança nas vias.
O projeto deve gerar impacto positivo para o escoamento de produção e movimentação de mercadorias, além de beneficiar diretamente a população com estradas mais seguras e bem conservadas.