Evento em Campo Grande debateu o aprimoramento do programa que já distribuiu mais de R$ 43 milhões em incentivos e visa modernizar o setor produtivo.
Desde sua reformulação em abril de 2024, o Programa Precoce MS contabiliza a habilitação de 521 técnicos que inspecionam 2.250 estabelecimentos rurais cadastrados. Nos últimos cinco meses, o programa registrou o abate de 657.224 animais em 26 frigoríficos, gerando R$ 43.113.303,00 em incentivos para os produtores. Os números foram apresentados durante o Fórum Precoce MS, realizado na segunda-feira (23), em Campo Grande, com o objetivo de atualizar os responsáveis técnicos sobre os novos critérios do programa.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o Precoce MS representa um marco no avanço tecnológico da pecuária sul-mato-grossense. “Já conseguimos reduzir o tempo médio de abate dos animais no estado em 17 meses, mas estamos discutindo como aprimorar e modernizar ainda mais o programa”, destacou Verruck durante a abertura do evento.
O presidente da Associação Novilho Precoce MS, Rafael Gratão, ressaltou o impacto positivo do programa na pecuária estadual, principalmente em termos de eficiência e competitividade no mercado internacional. “Estamos dedicados a uma pecuária mais eficiente, que nos permitirá acessar mercados mais exigentes, como o europeu, onde tudo precisa ser certificado”, afirmou.
No evento, o diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Stella, destacou a credibilidade do programa e alertou sobre o risco de sua descontinuação em 2032 devido à reforma tributária. “Precisamos garantir que o Precoce MS continue, pois ele faz a diferença no desempenho da pecuária no estado”, enfatizou Stella.
Além dos incentivos financeiros, o Precoce MS é visto como uma demonstração clara dos avanços tecnológicos da pecuária de Mato Grosso do Sul. Segundo Verruck, o setor vem ganhando eficiência, aumentando o peso médio dos animais e melhorando a qualidade da carne, enquanto reduz o tempo de abate e o uso de hectares. “Estamos produzindo mais carne de qualidade em menos espaço, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico do estado”, afirmou.
A gestora do Precoce MS, Gladys Espindola, apresentou dados significativos do programa, que desde 2017 já repassou mais de R$ 600 milhões aos produtores. O encontro também foi uma oportunidade para aprimorar o trabalho dos técnicos que acompanham a execução do programa no campo, como ressaltou o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, Rogério Beretta. “Nossa meta é elevar a eficiência de todas as mais de duas mil propriedades participantes”, concluiu Beretta.