Economia – 25/01/2012 – 10:01
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou ontem a primeira prévia da inflação de janeiro, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15. As famílias brasileiras tiveram avanço médio nos preços, entre os dias 14 de dezembro e 13 de janeiro, de 0,65%, percentual menor do que o ocorrido no primeiro mês de 2011, quando o IPCA-15 subiu 0,76%. No entanto, o resultado acumulado em 12 meses, alta de 6,44%, é o maior desde 2005, quando a média dos preços somou acréscimo de 7,54%.
Como o índice do mês cheio, o IPCA, o IPCA-15 aponta a variação média dos preços para as famílias brasileiras com renda entre um e 40 salários-mínimos. Para a sua formação, o IBGE coleta informações pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), São Paulo (SP), Belém (PA), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Curitiba (PR), além de Brasília (DF) e Goiânia (GO).
GRUPOS – Conforme avaliação do IBGE, o grupo transportes, que representa 18,61% do indicador geral, apresentou alta de 0,79% no resultado mensal, gerou impacto de 0,15 ponto percentual na variação de 0,65% do IPCA-15 e foi o responsável pela aceleração do índice em janeiro.
Para o instituto, com base nos resultados da pesquisa, os reajustes das tarifas dos ônibus urbanos no Rio de janeiro e de Belo Horizonte e os ônibus intermunicipais em várias outras regiões do País foram os vilões da história.
Na média nacional os ônibus urbanos passaram de estabilidade em dezembro para acréscimo de 1,13% neste mês. Já os intermunicipais tiveram maior pressão inflacionária, pulando de 0,02% para 2,46%. Ainda dentro do grupo transportes, as passagens aéreas ficaram 10,54% mais caras, o automóvel novo passou de deflação de 0,37% para inflação de 0,39% e o segundo voluntário compensou parte da queda de 6,73%, no mês passado, para alta de 2,46%.
ALIMENTOS – A segunda parcela de contribuição para a alta do IPCA-15 veio dos alimentos, que encareceram 1,25% em média e geraram impacto de 0,29 ponto percentual. O grupo tem maior peso, 23,6% do indicador geral, e segundo informou o IBGE, junto ao grupo transportes foi responsável por 68% da inflação mensal.
Os preços da refeição consumida fora de casa subiram 1,63% e garantiram o maior impacto do grupo alimentos do mês, tendo em vista que os lanches encareceram 1,42%, os refrigerantes tiveram inflação de 1,37% e a cerveja ficou 1,27% mais cara.
DENTRO DE CASA – Não foi apenas a comida fora de casa que elevou a inflação média dos alimentos. Os produtos que as famílias levam para seus lares também pesaram no orçamento, principalmente o tomate, que subiu 11,22%, o feijão-carioquinha, que avançou 10,42%, e a batata inglesa, que passou de deflação de 5,77% para alta de 4,29%.
FORMAÇÃO – O IPCA-15 é formado por mais sete grupos e seis deles contribuíram para a alta do indicador geral. A inflação da habitação foi de 0,54%, dos vestuários 0,19%, da Saúde e cuidados pessoas 0,40%, das despesas pessoas 0,55%, da Educação 0,39% e da comunicação 0,37%. Apenas o grupo artigos de residência seguiu o caminho oposto e teve deflação de 0,68%.
Fonte: Do Diário do Grande ABC