06/06/2013 – Atualizado em 06/06/2013
Por: Campo Grande News
Foram presos nesta semana mais dois membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comanda da Capital) foragidos da operação Blecaute desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), Fernando Anselmo dos Santos conhecido como “Gremista” foi preso em Jales, no interior de São Paulo, e Gilson Ferreira dos Santos, conhecido como “Bola de Fogo”, preso em Ponta Porã.
A operação policial voltada a desmobilizar facção criminosa que age dentro e fora dos Presídios de Mato Grosso do Sul foi deflagrada no dia 24 de maio.
A operação cumpriu 43 mandados de prisão preventiva dos 55 expedidos pelo Poder Judiciário. As ações foram realizadas nas cidades de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Nova Andradina e Corumbá. Foi inserida também na operação medidas para transferência de lideranças da facção para o Presídio Federal de Campo Grande.
Segundo o Coordenador do Gaeco, Marcos Alex Veras, a operação tem caráter preventivo, pois visa identificar lideranças, dificultar movimentação bancária, bloqueio de sinais e prisão de colaboradores. Ele explicou ainda que foram encaminhados ao Poder Judiciário ações penais contra 55 integrantes da facção.
Ainda de acordo com o Coordenador, 140 contas bancárias foram bloqueadas e desde novembro de 2012 até agora foram movimentados três milhões de reais. Foram apreendidos na operação diversas anotações, documentos bancários e R$ 4 mil.
A Advogada Daniela Dall Bello Tinoco Rondão foi presa na operação sob a suspeita de atuar como “sintonia dos gravatas” ou seja cuidava do braço jurídico do grupo, transmitia recados das lideranças e chegou a alterar cena do crime, de acordo com o Coordenador Marcos Alex Vera de Oliveira.
No segundo dia após a operação, a OAB/MS entrou com pedido de prisão domiciliar para a Advogada Daniela Dall Bello Tinoco Rondão atendido pelo Desembargador Luiz Gonzaga. O Ministério Público vai recorrer do habeas corpus, contudo, a advogada e os demais envolvidos já foram processados por formação de quadrilha.