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Presidente do PT fala com Rádio Caçula sobre “racha” no partido

Política – 03/07/2012 – 19:07

Rumores que rastejam pelos bastidores da política em Três Lagoas (MS) afirmam que houve uma espécie de “racha” no PT, por conta de decisões discordantes, como as de apoiar Ângelo Guerreiro nessas eleições, ao invés de “abraçar” a campanha de Márcia Moura.

O radialista Romeu de Campos Jr. recebeu durante seu programa “Linha Direta com a Notícia”, nesta terça-feira (03), na Rádio Caçula, Nivaldo Gonçalves dos Reis, presidente do PT, para falar sobre a polêmica.

Confira o bate-papo:

Romeu de Campos: – É hora de colocar o bloco na rua Nivaldo?

Nivaldo Gonçalves: – Estamos registrando as candidaturas e depois é vamos lançar o bloco na rua, com os vereadores e propostas para cidade de Três Lagoas.

Romeu de Campos: – Alguma alteração com os candidatos?

Nivaldo Gonçalves: – Tudo dentro da expectativa, inclusive aumentamos o número de vereadores para 12 pré-candidatos.

Romeu de Campos: – Nivaldo, dizem que o resultado final da convenção que vocês fizeram no último sábado foi contestado, me parece que um grupo de pessoas da executiva do PT não concordou com a decisão e pediram que o ato fosse cancelado ou revogado, é sobre isso que queremos conversar.

Nivaldo Gonçalves: – Na verdade a faz um trabalho desde o ano passado trabalhando em prol da candidatura do Ângelo Guerreiro. O PT definiu isso no ano passado e vem tocando, o PT entregou parte do plano de governo do Ângelo. Há uns 15 dias atrás, fui procurado pela prefeita, que se colocou a disposição, para uma coligação entre o PT e PMDB. Teve uma votação, a votação foi empate, foi uma abstenção, o empate considera o que foi pra trás, mas no sábado fui procurado por alguns membros do diretório do executivo questionando isso, e disse que tinha mandado o documento para Campo Grande, é um direito de qualquer candidato, é um direito de qualquer filiado. Só que nós fizemos uma reunião, e eles só assinariam a ata depois, mas 10 minutos depois, um dos membros me chamou dizendo o seguinte: conversei com o pessoal de Campo Grande, nós vamos assinar a ata e nós não queremos nem que vá a votação, mesmo assim a executiva se reuniu às 20h do sábado, rejeitando o documento, então não tem mais como recorrer, o próprio pessoal que tinha mandado o documento já tinha assinado a ata de convenção, antes e ligou e disse: olha, não precisa nem por o documento em votação, nós estamos aqui com o executivo, acertamos com o presidente, e acertamos o que tinha para acertar, mas mesmo assim quando chegou lá, fizeram reunião às 20h rejeitando esse documento.

Romeu de Campos: – Então ele não sobe para Brasília?

Nivaldo Gonçalves: – Não, não sobe. A informação que tenho é que o que esta acordado já foi definido no sábado.

Romeu de Campos: – Me dá a impressão, a gente que esta do lado de fora, que reativou aquele briga histórica do Delcídio com o Zeca, porque o Delcídio fala uma coisa, e o Zeca outra.

Nivaldo Gonçalves: – A gente também não entendeu, acho que nosso senador terá de dar uma explicação, porque ele estava com o pessoal daqui desde o começo do ano, trabalhando em prol da campanha de Ângelo. O estranho é que pessoas ligadas a ele votou contra né… O PT, ouve suas lideranças e nós ouvimos as lideranças de Delcídio, do Zeca, enfim, a impressão é que a pessoa ligada ao senador não votaram. É uma situação complicada, que tenta desestabilizar o candidato Guerreiro, desestabilizando o PT. Tivemos um debate duro dentro do partido, mas eu acho que a gente foi pela coerência, porque se o Ângelo vai ou não ganhar a eleição, isso faz parte do jogo, ganhar ou perder, mas isso nos deixou triste, porém, o PT sai desse debate fortalecido.

Romeu de Campos: – Você falou que o senador vinha apoiando o Ângelo e de repente mudou de posicionamento, mas por outro lado, a gente tem ouvido também que o candidato Ângelo Guerreiro, também mudou, que ele foi há uns 15 dias ou 20 dias atrás para Campo Grande, fechar um acordo com Nelsinho Trad, isso também não é a mesma coisa? Quer dizer… Do jeito que o Delcídio mudou na ultima hora, o Guerreiro também não mudou?

Nivaldo Gonçalves: – Olha Romeu, eu posso falar tranquilamente que não acompanhei nenhuma conversa em Campo Grande, não sei, agora conversar, agora o próprio Guerreiro disse que foi conversar, mas é um assunto da campanha passada, e a gente tem que respeitar. Eu não estava e não sei como que foi. O senador é nosso candidato ao governo, só que deveria ter chamado o executivo para explicar isso, de uma maneira mais adequada, de uma maneira mais tranquila, o que foi fazendo na frente, falava que estava tudo tranqüilo, e atrás vinham as “bolas” nas costas e ficou muito difícil, mas a gente não tem nada contra o senador, vamos conversar com ele ainda, ver qual que é a posição, o que ele esta pensando, mas estamos tranqüilos, eu acho que agora vamos caminhar para frente. Nós estamos resgatando os companheiros que discordaram da decisão de não coligar com o PMDB.

Romeu de Campos: – Você não acha que esse “rebeldes” poderiam trabalhar para outro partido? O Partido dos Trabalhadores não permite isso? Seria uma espécie de infidelidade partidária, coisa do tipo?

Nivaldo Gonçalves: – O partido tem vários tramites, se os companheiros forem trabalhar para o outro lado, serão avaliados pela comissão de ética, todo partido tem isso. Mas acredito que meus companheiros vão trabalhar na campanha do Ângelo. O partido tem que crescer, nós teremos a chance de fazer uma grande bancada de vereadores e estaremos realmente disputando a prefeitura do município, sabendo que será uma disputa difícil, mas a população tem conversado com a gente, querendo mudanças, enfim, nós estamos confiantes.

Romeu de Campos: – Vocês estão trabalhando hoje para eleger o candidato Ângelo Guerreiro, esse compromisso não seria para o fortalecimento de para 2014, de um candidato do PT também? Você não acha que essa visita de Ângelo a Nelsinho, que também é candidato pelo PMDB, de repente pode ter uma virada? A gente não sabe o que aconteceu lá.

Nivaldo Gonçalves: – É, mas desde que o Ângelo seja eleito prefeito e respeite os espaços do PT, o PT fará campanha para governador naturalmente, agora a gente também tem que perguntar par o outro lado… Quem me garante que se nós fossemos com a Márcia, ela não iria se recusar a fazer campanha para o Nelsinho, que é do partido dela? No mínimo teria que fazer, porque se não, seria uma incoerência a prefeita dizer: olha, eu só farei campanha para eleger Simone, porque se for o Nelsinho, não farei, seria infidelidade.

O clima nos bastidores políticos esta cada vez mais quente e a Rádio Caçula continuará de olho nas Eleições 2012.

Fonte: Da redação / Rádio Caçula

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