Saúde – 02/02/2012 – 13:02
Laura Schmidt é uma socióloga médica norte-americana e co-autora do livro ‘A verdade tóxica acerca do açúcar’, uma obra que vem lançar alguma luz sobre os problemas inerentes ao consumo de açúcar, dos quais a obesidade mórbida é apenas o reflexo mais visível.
Desde sempre se associa o que é doce ao que é bom, como se se tratasse de dois lados da mesma moeda, o que não é verdade. Pelo menos é este o argumento de Laura Schmidt, Robert Lustig e Claire Brindis, os três autores do livro ‘A verdade tóxica acerca do açúcar’, agora publicado como ensaio na revista científica Nature.
De acordo com o estudo destes três académicos, nos últimos 50 anos, o consumo de açúcar a nível mundial triplicou e «o aumento de pessoas obesas é apenas o reflexo dessa pandemia silenciosa». Se pensarmos que o álcool se obtém destilando açúcar, não será de admirar que as doenças que advêm da ingestão de álcool, tais como pressão arterial elevada, sejam comuns às que o excessivo consumo de açúcar provoca.
O metabolismo dos ocidentais, em geral, e dos americanos, em particular, transformou-se e acomodou-se a ao consumo excessivo de álcool, açúcar, tabaco e fast food. O resultado está à vista: cada vez mais pessoas morrem de doenças cardíacas, enfartes, cancro e diabetes. Ao contrário dos países subdesenvolvidos, onde as doenças que grassam são as da pobreza, como a cólera ou malária.
A pouca informação que existe acerca da toxicidade do açucar é um dos grandes problemas, por isso é necessário «proteger a sociedade» do açúcar, que está a tornar-se num flagelo tão grando quanto o do álcool, afirma Laura Schmidt.
Fonte: SOL