Geral – 25/01/2012 – 12:01
Dois pré-candidatos ao governo dos EUA pelo Partido Republicano defenderam ontem abertamente um golpe para derrubar a ditadura de Raúl Castro e seu irmão Fidel em Cuba. Ex-presidente da Câmara de Representantes, o pré-candidato Newt Gingrich sugeriu operações secretas e espionagem para conseguir o objetivo, e foi apoiado pelo ex-senador Rick Santorum.
Os quatro pré-candidatos republicanos, que poderão enfrentar o presidente Barack Obama este ano, debateram política externa na Universidade do Sul da Flórida, na cidade americana de Tampa. Gingrich, que no sábado venceu as eleições primárias da Carolina do Sul, expressou sua determinação em deixar claro que, se virar presidente, não permitirá “mais quatro anos de ditadura”.
Perguntado se vai recorrer à força militar na ilha, ele afirmou que defende o “emprego de qualquer recurso que os Estados Unidos tenham em seu poder, incluindo operações ocultas, como (o ex-presidente Ronald) Reagan fez com os soviéticos”.
Santorum, por sua vez, considerou que o regime cubano representa uma “ameaça grave” para a segurança dos EUA e apoiou “o uso de táticas como as que Newt sugeriu” para debilitá-lo. “As sanções devem continuar até que os irmãos Castro estejam mortos”, sentenciou. Ele ainda fez acusações a outros países: “Cuba, Venezuela e Nicarágua têm redes crescentes de gente que trabalha com jihadistas e iranianos, e estão dispostos a construir plataformas militares perto dos EUA”, afirmou.
Outros aspirantes têm mais cautela
Os outros dois pré-candidatos adotaram posição mais moderada. Ex-governador de Massachussets e líder na corrida republicana, Mitt Romney disse que, no caso de uma Cuba sem os irmãos Castro, “trabalharia de forma agressiva com a nova liderança para avançar em um grau mais amplo”. Já o congressista Ron Paul disse que “é hora de os Estados Unidos abandonarem a estratégia de não falar com as pessoas”.
Fonte: G1