Polícia Federal revela plano detalhado de golpistas que envolvia envenenamento e sequestro de Lula, com novas investigações em andamento.
A Polícia Federal (PF) confirmou a descoberta de um plano envolvendo o uso de veneno em uma tentativa de ataque ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações foram recuperadas a partir de arquivos eletrônicos deletados, encontrados em dispositivos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O plano, que também incluía o sequestro do ministro Alexandre de Moraes, previa confronto armado com a segurança presidencial, segundo os investigadores.
Os dados, resgatados com auxílio de um software israelense, revelaram um dossiê com detalhes da rotina de Lula e de sua equipe de segurança, incluindo armamentos e estratégias. A PF acredita que o grupo tinha intenção de usar substâncias tóxicas para envenenar alimentos ou bebidas como forma de atingir o presidente. As descobertas levaram à prorrogação das investigações por mais 60 dias, com novos depoimentos sendo realizados, incluindo o do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
Este é mais um desdobramento da apuração sobre ações golpistas relacionadas ao governo Bolsonaro, que já resultaram em várias condenações no Supremo Tribunal Federal (STF) para participantes dos atos de 8 de janeiro. A PF também trabalha no indiciamento de Bolsonaro e de membros da organização envolvida no planejamento do golpe, que deve ocorrer até o início de 2025.
As novas revelações reacenderam debates sobre a segurança presidencial e os riscos enfrentados por líderes políticos no Brasil. O caso segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades e deverá impactar significativamente as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.