Pesquisadores do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG), criaram uma armadilha inteligente para captura e monitoramento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, febre amarela, zika e chikungunya. O protótipo foi desenvolvido com apoio da FAPESP, em parceria com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Comunicações (MC), e descrito em artigo publicado na revista Sensors.
A armadilha, no formato de um dodecaedro de 50 cm de altura, utiliza dispositivos de Internet das Coisas (IoT), câmeras de alta resolução e algoritmos de inteligência artificial (IA) para monitorar a presença de mosquitos. O sistema é capaz de identificar o Aedes aegypti com base em suas características morfológicas, como manchas brancas e pernas longas. Quando detectado, o mosquito é direcionado por ventoinhas para um recipiente contendo líquido viscoso, onde fica aprisionado. Outros insetos, como abelhas e borboletas, são expelidos pela armadilha, evitando a captura de espécies não-alvo.
Além disso, a armadilha conta com um módulo GPS, permitindo o monitoramento remoto e a coleta de dados em tempo real. Isso facilita o rastreamento da localização e o estudo dos padrões populacionais do mosquito, melhorando o controle de doenças transmitidas por ele.
Os testes realizados em laboratório e em campo demonstraram que o sistema foi capaz de identificar o Aedes aegypti com 97% de precisão. No caso das abelhas, a precisão foi de 100%. A próxima fase do projeto envolve aperfeiçoar o protótipo, reduzindo custos e aumentando a durabilidade, com o objetivo de criar um modelo resistente às condições climáticas extremas.
Com informações CNN Brasil