Cientistas da Universidade de Stanford descobriram uma nova abordagem para remover dióxido de carbono (CO²) da atmosfera, utilizando minerais comuns e um processo de baixo custo. O método, inspirado na fabricação de cimento, aquece minerais como calcário para transformá-los em materiais que sequestram carbono permanentemente. Essa inovação pode ser realizada em fornos convencionais, como os usados na produção de cimento, tornando a técnica acessível para aplicação em larga escala.
A técnica consiste em substituir a areia, usada na fabricação de cimento, por um mineral contendo magnésio e silicato. Esse mineral reage rapidamente com o CO² no ar, formando novos carbonatos que retêm o carbono do gás. O processo é eficiente e rápido, com a transformação completa dos minerais em apenas duas horas.
Segundo os pesquisadores, essa abordagem utiliza menos da metade da energia necessária para as tecnologias atuais de captura de carbono, como a captura direta de ar, que é cara e ainda não comprovada em larga escala. Além disso, o mundo gera mais de 400 milhões de toneladas de rejeitos de minas com silicatos anualmente, o que oferece uma grande fonte de matéria-prima para o processo.
Os cientistas também buscam desenvolver fornos movidos a eletricidade, em vez de combustíveis fósseis, o que aumentaria ainda mais a sustentabilidade da técnica.
Com informações Olhar Digital