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Três Lagoas
quinta-feira, 28 de novembro, 2024

Pesquisadores classificam Parque do Pombo como referência em estrutura e preservação de espécies ameaçadas de extinção

Três Lagoas é um dos municípios comprometidos com o desenvolvimento e preservação do meio ambiente, tanto que tem inúmeros investimentos e ações ambientais realizadas pela Gestão Angelo Guerreiro e, com isso, o Parque Natural Municipal do Pombo está entre os maiores complexos de preservação de vegetação e fauna de Cerrado do Mato Grosso do Sul, sendo procurado por Institutos de pesquisas e Universidades.

Desde abril deste ano, o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), vem desenvolvendo ações no parque do Projeto Tatu-canastra. Com o auxílio de armadilhas fotográficas, a equipe do projeto monitora os 8.032 hectares de área preservados para identificar o número de indivíduos de tatus-canastras que vivem no local. Mas foi durante esse trabalho que as câmeras também capturaram imagens de outros animais ameaçados de extinção presentes no Parque.

“Nestes quatro meses, além do nosso foco que é o tatu-canastra, conseguimos registrar a presença de animais raros como o cachorro-vinagre, queixada, anta, tatu do rabo-mole, tamanduá-bandeira, onça-parda, mutum de penacho, entre outros. Isto demonstra que o Parque do Pombo é um dos poucos lugares que oferecem segurança à estas espécies e devemos manter essa preservação”, destacou o biólogo do Instituto Tatu-canastra, Gabriel Massocato.

O secretário de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA), Mauro De Grandi, faz uma reflexão diante do suporte que a Prefeitura de Três Lagoas oferece para estes estudos. “Foram anos de trabalho e projetos para colocar o nosso Parque no patamar em que está. Hoje, temos um complexo adequado para recepcionar estudantes, pesquisadores e visitantes”, comentou.

Mauro destacou ainda que o trabalho, além de facilita o acesso à reserva com abertura de trilhas e estradas, permite que seja feito sem causar riscos à fauna e flora. “É uma grande satisfação receber estes institutos e universidades que, sem dúvidas, nos ajudam a compreender e preservar as nossas riquezas”, explanou.

O biólogo da SEMEA, Flávio Fardin, destacou a importância dessas parcerias. “O Parque do Pombo hoje é referência em conservação de cerrado. Os pesquisadores podem contar com a estrutura do Complexo Receptivo, onde há sanitários, alojamento e cozinha, além disto, sempre que possível, a equipe técnica da SEMEA está acompanhando as pesquisas realizadas no parque. É um importante troca de conhecimento e vivência quando recebemos esses profissionais, sendo positivo para ambos os lados.”

MONITORAMENTO

Gabriel explicou que o trabalho é desenvolvido com o uso de armadilhas fotográficas instaladas em diversos pontos da reserva. Os dispositivos possuem um sensor que permite a captura de imagens com o movimento do animal. Elas ficam 24 horas ligadas e estes registros armazenados em cartão de memória, que são verificados a cada 15 dias.

O trabalho de Gabriel, frente ao Projeto Tatu-canastra, está sendo acompanhado pela bióloga Millena Castro Ribeiro da Universidade de Brasília (UNB), voluntária e interessada em multiplicar o trabalho na região de Cerrado em Brasília. “Estou aqui para aprender e absorver tudo sobre essas espécies raras, para posteriormente apresentar na UNB. A estrutura que a Prefeitura oferece é impressionante e muito contribui para a qualidade da pesquisa”, disse.

Gabriel, por sua vez, teceu elogios e agradecimentos à equipe da SEMEA. “Sem palavras para agradecer todo apoio que a equipe técnica da SEMEA tem nos dados nestes meses de trabalho, tanto a troca de informações com o Flávio Fardin, Biólogo da SEMEA, quanto à preocupação do secretário Mauro com os resultados do monitoramento. Quero estender o agradecimento ao prefeito Angelo Guerreiro pelos investimentos em prol do meio ambiente, isso coloca Três Lagoas como referência em qualquer pesquisa de área e preservação ambiental. Isso não se vê em qualquer cidade”, finalizou.

SERVIÇO

Por enquanto, o Parque Natural do Pombo está aberto apenas para institutos, universidades e pesquisadores. Interessados podem obter mais informações pelo telefone (67) 3929-1248 ou na própria SEMEA, localizada na Rua Munir Thomé, 494 – Centro.

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