O Relatório Mundial de Desenvolvimento Hídrico das Nações Unidas de 2025 alerta sobre o impacto do aquecimento global nas águas das montanhas, como neve, gelo e solo congelado, fundamentais para cerca de 2 bilhões de pessoas. A perda das geleiras pode afetar ecossistemas, produção de alimentos, energia e crescimento econômico. Até 2100, o relatório projeta uma redução de 26% a 41% na massa total das geleiras, causando mudanças nos padrões climáticos, chuvas e aumento dos riscos de inundações e deslizamentos.
Entre 1985 e 2014, a perda das geleiras gerou 713 eventos climáticos extremos, causando perdas econômicas de US$ 56 bilhões e afetando mais de 258 milhões de pessoas, com mais de 39 mil mortos. O estudo também destaca a falta de acesso à água potável e saneamento para bilhões de pessoas e sugere melhorias nos dados de monitoramento das geleiras, com maior precisão na avaliação do balanço de massa e das condições do solo congelado.
O relatório defende a inclusão do conhecimento indígena e das comunidades mais afetadas nos projetos científicos e destaca a importância da cooperação internacional para gerenciar recursos hídricos. Também aponta que serão necessários US$ 187 bilhões anuais para financiar a adaptação de países em desenvolvimento nas montanhas, enquanto o fluxo atual é de apenas US$ 13,8 bilhões.
Esses dados ajudam a basear as ações climáticas globais e estão alinhados com o Ano Internacional da Preservação das Geleiras, conforme a UNESCO.
Com informações Agência Brasil