Aliados do ex-presidente esperam que a denúncia contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado seja apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, antes do Carnaval. Ministros do STF, no entanto, acreditam que a denúncia será formalizada em poucos dias.
A denúncia se baseia em relatório da PF que indiciou Bolsonaro e 39 pessoas por um plano para impedir a posse de Lula. A PGR deve enviar a denúncia ao ministro Alexandre de Moraes, que decidirá se aceita ou não a acusação. Se aceita, Bolsonaro será réu e poderá ser condenado a até 28 anos de prisão.
A PF afirma que Bolsonaro planejou e atuou diretamente na tentativa de golpe. Paralelamente, a PGR analisa outros casos envolvendo Bolsonaro, como o roubo de joias e a falsificação de cartões de vacinação. Deputados bolsonaristas buscam aprovar um projeto de anistia a golpistas antes do Carnaval, enquanto aliados de Bolsonaro planejam uma mobilização caso ele seja preso e condenado, visando mantê-lo como “candidato” em 2026, apesar de sua inelegibilidade até 2030.
A denúncia será enviada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que decidirá se aceita ou não as acusações. Caso aceite, Bolsonaro se tornará réu e enfrentará um julgamento que pode resultar em uma pena de até 28 anos de prisão, somando os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe.
O julgamento será realizado pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. A maioria dos integrantes já demonstrou posicionamentos que indicam votos pela condenação de Bolsonaro. O ex-presidente, no entanto, esperava que o caso fosse analisado pelo plenário do STF, o que foi descartado pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.