Tecnologia deve permitir o aumento das doações em âmbito nacional
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu um novo kit que inclui malária na triagem das bolsas de sangue na hemorrede pública brasileira. A nova geração do kit NAT Brasileiro mantém a identificação dos alvos HIV, hepatite B e hepatite C e está em implementação.
De acordo com a Fiocruz, a novidade não só contribui para um sangue mais seguro, como aumenta a possibilidade de doações em âmbito nacional. Com os kits chamados de NAT Plus, o período de inaptidão dos doadores que estiverem em áreas endêmicas cai de 12 meses para um mês.
Os sintomas mais comuns da malária são: febre alta; calafrios; tremores; sudorese; dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Além disso, há casos em que antes dessas manifestações os doentes podem apresentar náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
A malária grave caracteriza-se por um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: prostração; alteração da consciência; dispneia ou hiperventilação; convulsões; hipotensão arterial ou choque; hemorragias; entre outros.
De 2011 até outubro deste ano, todos os mais de 30 milhões de bolsas de sangue doadas na rede pública do Brasil foram testadas com o kit NAT Brasileiro, fornecido pela fundação. Até o momento, Bio-Manguinhos/Fiocruz entregou aproximadamente 1.300 reações do kit NAT Plus.
Atualmente, o Brasil tem como objetivo reduzir os casos de malária em 90% até 2030. Até 2035, o objetivo é a eliminação da doença em todo o território. Em 2020, foram registrados 140.974 casos no país, com redução nacional de 10,5% em relação a 2019 e 27,5% em relação a 2018.