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‘Não vou pedir absolvição dele’, afirma advogada

Policial – 16/02/2012 – 13:02

A advogada de defesa de Lindemberg Alves Fernandes, Ana Lúcia Assad, afirmou nesta quinta-feira, no Fórum de Santo André, que não irá pedir a absolvição de seu cliente. Ela terminou a exposição de sua tese por volta das 13h20. O julgamento deve ser reiniciado por volta das 14h30, segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Caso não haja réplica, os jurados irão para a Sala Secreta.

“Não vou pedir a absolvição dele. Ele errou, tomou as decisões erradas e deve pagar por isso, mas na medida do que ele efetivamente fez”, afirmou Ana Lúcia.

A advogada disse que o réu agiu com culpa consciente, mas não previu o resultado de sua ação. Por isso, ela pede que ele seja condenado pelos crimes culposos. “Peço que os senhores condenem o Lindemberg pelo homicídio culposo, pois ele não desejou o resultado. Ele sofre pela morte dela.”

Logo no começo de sua fala, Ana Lúcia fez um pedido aos sete jurados: “Enxerguem esse rapaz como um parente dos senhores, pois ele não é bandido”.

A advogada segue a mesma linha de defesa já apresentada nos outros dias de julgamento. Ela continua querendo responsabilizar a mídia e os policiais pelo assassinato de Eloá Pimentel, ex-namorada do réu. “No meu ponto de vista, há dois co-responsáveis por este processo. Alguns membros da imprensa e alguns policiais”, disse. “Não podemos dar essa conta toda para o Lindemberg pagar. Isso não é justiça.”

Sobre o tiro contra Nayara Rodrigues, amiga da vítima, Ana Lúcia disse que tudo não passou de um acidente. “Ele não tentou matar a Nayara. Ele se assustou e atirou. Condenem-o pela lesão corporal culposa”, pediu.

Acusação – Das 9h50 às 11h30 quem falou foi a promotora Daniela Hashimoto. Em sua tese, ela afirmou que Lindemberg premeditou o assassinato de Eloá e que ele já sabia o que ia acontecer dentro do apartamento. “Coloquem-se no papel das vítimas”, pediu aos sete jurados, após entregar uma cópia dos autos a cada um deles.

Segundo a promotora, “Eloá era apenas um objeto nas mãos de Lindemberg. Ele tinha ódio dela”. Daniela reforçou que o tiro que atingiu Nayara foi disparado pelo acusado. “A perícia comprovou que Nayara foi atingida por um projétil de calibre 32. Só o Lindemberg tinha essa arma no dia dos fatos.”

Os trabalhos no Fórum de Santo André começaram por volta das 9h50 desta quinta-feira. O advogado José Beraldo comentou sobre a exposição de Daniela. “Ele (Lindemberg) agiu com dolo, queria matar, e atirou quando percebeu que ia ser rendido pelos policiais”, afirmou. Ainda segundo Beraldo, o acusado tem um perfil de psicopata e o crime teve requintes de crueldade. “A Eloá viu a morte.”

Após a defesa de Ana Lúcia, há possibilidade de réplica de 30 minutos e tréplica de 15 minutos. Só depois os jurados irão se reunir com a juíza Milena Dias para decidir o futuro de Lindemberg e então a magistrada lerá a sentença.

O acusado chegou ao Fórum por volta das 8h25. Ele foi trazido do Centro de Detenção Provisória de Pinherios, Zona Oeste de São Paulo, onde passou a terceira noite. Sua mãe acompanha hoje o julgamento pela primeira vez. Ontem uma das irmãs de Lindemberg, Francimar Fernandes, esteve presente no Fórum, junto com o marido.

Lindemberg é acusado de matar Eloá após mantê-la refém por mais de 100 horas no apartamento da vítima, em Santo André. Um júri formado por seis homens e uma mulher decidirá se o réu é ou não culpado pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo.

Fonte: Diário OnLine

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