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domingo, 24 de novembro, 2024

Município contabiliza 170 casos confirmados de dengue

Saúde – 15/02/2012 – 15:02

Desde o primeiro dia do ano, Três Lagoas já tem 746 casos de dengue notificados. Desse total, apenas 170 foram confirmados. As informações são do boletim epidemiológico da sexta semana; que compreende 5 a 11 de fevereiro, da Secretaria Municipal de Saúde.

No último boletim, Três Lagoas contabilizava 138 casos confirmados.

Todos os dias, a Secretaria recebe notificações de casos suspeitos; o índice de infestação do vetor da dengue no município, deixa a cidade em estado de alerta, pois o Três Lagoas está classificado com um risco muito alto.

Com o objetivo de evitar que Três Lagoas enfrente uma situação de epidemia, similar a ocorrida em 2007, a Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado as ações de combate à dengue. Por estarmos em período chuvoso, a preocupação aumenta, pois há o acúmulo de água, que favorece a proliferação do mosquito transmissor da dengue. A Secretaria diz que já contratou 34 agentes para trabalhar no combate à dengue.

As ações de combate à dengue, incluem o carro de fumacê, que espalha inseticida pelos bairros; o trabalho dos agentes de saúde que vistoriam as residências, e segundo a Secretaria, em Março, será realizado o projeto denominado “Saúde na Comunidade”, projeto similar ao “Operação Cidade Limpa”.

O que posso fazer para evitar a dengue?

• Vasos de flores ou plantas – a vasilha que fica sob o vaso para recolher a água excedente deve ser mantida seca. Uma boa medida é enchê-la com areia até a borda. A água dos vasos com flores deve ser trocada a cada 2 ou 3 dias;

• Pneus velhos – devem ser furados para eliminar a água que eventualmente se acumule, guardados em lugar coberto ou jogados fora;

• Caixas d´água – devem ser lavadas periodicamente e tampadas durante todo o tempo;

• Piscinas – o cloro da água das piscinas deve estar sempre no nível adequado;

• Garrafas vazias – devem ser guardadas de cabeça para baixo, em lugares cobertos e as tampas jogadas fora em sacos de lixo;

• Recipientes descartáveis (copos, pratos, travessas, etc.) – devem ser colocados em sacos de lixo para serem recolhidos pelos lixeiros;

• Lixo – nunca deve ser jogado em terrenos baldios, ou nas ruas e calçadas. Além disso, as latas de lixo devem estar sempre tampadas e limpas; • Bebedouros de animais – precisam ser lavados e a água trocada sistematicamente;

• Depósitos de água – quaisquer que sejam os tipos e a finalidade a que se destinam, se não for possível prescindir deles, devem ser mantidos limpos e tampados com segurança;

• Bromélias – algumas plantas armazenam água entre suas folhas e podem tornar-se eventuais criadouros dos mosquitos. Entre elas, destacam-se as bromélias cujo cultivo é comum nos jardins e residências. Eliminá-las não resolveria o problema da dengue e poderia afetar o equilíbrio ecológico.

Como é quase impossível retirar totalmente o grande volume de água que se embrenha pelas folhas, a solução é diluir uma colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água limpa e regá-las duas vezes por semana. Esse mesmo preparado pode servir para inibir a formação de criadouros nos vasos de flores ou plantas com água.

Importante: Há quem afirme que a borra de café ou o fumo diluído em água também seriam úteis para controlar o surgimento de criadouros nos pratinhos sob os vasos ou na água retida pelas plantas. Em relação à borra de café, essa eficácia não foi comprovada pelos testes realizados no Laboratório de Pesquisas de Aedes aegypti do Serviço

Regional de Marília da Sucen.

Uso de repelentes e inseticidas

O aumento de casos de dengue trouxe algumas alterações nos hábitos das pessoas que passaram a consumir mais repelentes de insetos e inseticidas. No entanto, seu uso exige cuidado, porque podem causar intoxicações e alergias especialmente em crianças pequenas. Nunca se deve aplicá-los em bebês ou crianças com menos de 4 anos de idade.

É importante considerar, ainda, que vários tipos de inseticida apenas afugentam os mosquitos de dentro dos domicílios e são ineficazes em relação aos focos que estão nas redondezas. O mesmo acontece com os

produtos naturais à base de citronela e andiroba. Portanto, os cuidados com os locais que eventualmente possam transformar-se em criadouros não podem restringir-se aos períodos de chuva e calor, época de maior incidência da dengue, nem à aplicação ocasional de inseticidas e repelentes

Reprodução em água suja

Em Pernambuco, os biólogos Cleide Albuquerque e André Furtado localizaram em Olinda e Recife respectivamente, em diferentes ocasiões, larvas de Aedes aegypti em água que continha resíduos de alimentos e de sabão. Por isso a população está sendo instruída para não jogar larvas do mosquito em vasos sanitários ou canaletas, mas sim

na areia porque elas não sobrevivem em ambiente seco. Embora o achado demande mais pesquisa e observação, pode ser sinal de que o mosquito esteja desenvolvendo novo mecanismo de adaptação.

Bioinseticida

Segundo matéria de Luciana Miranda publicada no jornal “O Estado de São Paulo”, na Universidade Estadual Fluminense (RJ), está sendo desenvolvido um novo bioinseticida para atacar as larvas do mosquito da dengue que poderá substituir os larvicidas químicos. Seu componente básico é a bactéria BTI (bacillus thuringiensis israelensis). Esse microorganismo produz uma toxina que ataca as larvas do Aedes aegypti sem prejudicar outros animais, seres humanos ou o equilíbrio ecológico. As larvas do Culex e do Anopheles, mosquitos transmissores de outras doenças, também são atacadas pela bactéria BTI. “O estudo começou em dezembro passado e os pesquisadores esperam ter os primeiros resultados nos próximos dois anos”.

Fonte: Matheus Guedes, com informações da Rádio Caçula / Arquivo Rádio Caçula / Ilustração

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