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Três Lagoas
domingo, 20 de abril, 2025

Mulher encontrada morta no Jardim Itamaraty em Três Lagoas é a 20° vítima de feminicídio em MS

Karina da Silva Cunha, de 30 anos, foi asfixiada pelo companheiro em um crime que expõe o alarmante aumento da violência contra a mulher no estado.

Mato Grosso do Sul registra mais uma vítima de feminicídio, elevando para 20 o número de mulheres assassinadas este ano. Karina da Silva Cunha, de 30 anos, foi brutalmente morta asfixiada pelo companheiro, Roberto Tobias Antunes, de 32 anos, com quem mantinha um relacionamento há cerca de três meses. O crime ocorreu após uma discussão, durante a qual Roberto afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que Karina o havia ameaçado de morte.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS) revelam uma preocupante escalada da violência contra a mulher no estado. No mesmo período do ano passado, foram registrados 19 feminicídios. Este ano, o número já supera essa marca, refletindo o cenário de crescente insegurança para as mulheres. Além disso, as ocorrências de violência doméstica também são alarmantes: em 2023, até agosto, foram contabilizadas 14,4 mil denúncias; em 2024, o número já atinge 13,2 mil casos.

Karina agora integra uma trágica estatística. Segundo relato de Roberto à polícia, na última sexta-feira, a vítima teria invadido a residência do casal e ameaçado matá-lo. “Ela disse que iria me matar. Ela já tentou várias vezes e eu fiquei quieto”, declarou o homem ao ser detido.

O crime só foi descoberto após Roberto ligar para sua mãe, que reside no Paraguai, confessando o ato e informando que planejava fugir. A mãe do suspeito, desesperada, entrou em contato com conhecidos na cidade, que imediatamente acionaram a polícia.

Neste domingo, 18, a Polícia Militar chegou à residência e encontrou Roberto na frente da casa, conversando com uma mulher. Ao ser abordado, ele levou os agentes até o quarto onde o corpo de Karina foi encontrado em estado de decomposição, em cima da cama. A brutalidade do crime choca e reforça a urgência de medidas mais eficazes para proteger as mulheres e combater a violência doméstica.

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