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Mulher do prefeito de Rio Negro agride servidor em protesto por atraso no salário

Política – 27/12/2012 – 11:12

A primeira dama do município de Rio Negro, localizado a 140 quilômetros de Campo Grande, agrediu verbalmente e fisicamente um servidor público municipal que fazia protesto com outros funcionários, por conta do atraso da folha salarial. O fato aconteceu no último sábado, 22.

Uma equipe de reportagem da emissora de televisão SBT/MS acompanhava o protesto dos servidores municipais e fez o flagrante do momento que Vera Lucia Ribeiro da Conceição Rezende faz as agressões.

Primeiro o grupo se reuniu em frente à sede da prefeitura da cidade e depois seguiu para frente à casa do prefeito. Lá foram recebidos com gritos e Denilvan Ferreira do Carmo, que fazia uso de um megafone para protesto, foi empurrado e recebeu tapas da esposa do prefeito, Vera Lucia.

O prefeito Joaci Nonato Rezende e a esposa Vera estavam dentro de casa quando perceberam a movimentação dos servidores públicos em frente da casa. Os dois saíram, mas apenas a primeira dama investiu contra um dos servidores. Depois da confusão, o prefeito Joaci Nonato conteve a esposa e levou de volta para dentro.

Os manifestantes usaram nariz de palhaço, cartazes e megafone para protestar contra dois meses de salários atrasados. Tanto contratados quanto concursados não recebiam havia cinco meses. Num universo de aproximadamente 400 funcionários, vinte e sete deles entrou na Justiça para receber, inclusive o prefeito eleito e atual assessor jurídico, Gilson Romano.

A Justiça acatou o pedido dos servidores de Rio Negro e determinou o bloqueio de uma verba para reforma de um Centro de Educação Infantil (Ceinf) no valor de R$ 142 mil para pagar a folha, porém dos cinco meses o valor só deu para deixar em dia 3 salários e agora restam dois já indo para o terceiro.

Os servidores denunciam que desde o primeiro mandato de Joaci os salários sempre foram pagos com atraso, mas nunca ao ponto de cinco folhas. Eles reclamam também que quando o pagamento é feito, muitas vezes, recebem com cheque pré-datado para 60 e até 90 dias. “Quando vamos fazer compras, os comerciantes até recebem nossos cheques, mas cobram 10% de juro pela espera para poder trocar depois no banco”, revela uma servidora que não quis se identificar.

Com a folha salarial atrasada, alguns servidores municipais de Rio Negro estão fazendo serviços extras para garantir o sustento da família. Esse é o caso de Salvador Francisco que vem fazendo bico de pedreiro. Ele também está há dois meses sem receber.

Fonte: Midiamax

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