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MS terá aumento médio de 8,9% na tarifa de energia a partir desta quinta; 4ª maior tarifa do país, afirma Aneel

Para os clientes de alta tensão, o impacto será de 10,69% e, para os de baixa tensão, 8,27%, sendo que para o residencial impactará em 7,28%.

22/04/2021 14h51
Por: Gabrielle Borges

Mato Grosso do Sul terá aumento de 8,9% na tarifa de energia a partir desta quinta-feira (22), o que equivale ao Reajuste Tarifário Anual da Área de Concessão da Energisa, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para os clientes de alta tensão, o impacto será de 10,69% e, para os de baixa tensão, 8,27%, sendo que para o residencial impactará em 7,28%.

Com o reajuste, as tarifas da área de concessão passam da 9ª posição, no ranking entre as maiores, para a 4ª. Inicialmente, ainda conforme a Aneel, o índice de reajuste previsto era de 14,46%.

Cenário econômico

Segundo a Energisa, mesmo com mesmo com as medidas adotadas para a redução do índice, o reajuste verificado em Mato Grosso do Sul acompanha a alta estimada nas contas de luz para a maior parte das regiões do país. Entre os fatores que pesam no aumento das tarifas este ano destaca-se a alta do dólar de 17,8%. A variação cambial da moeda estrangeira encareceu a energia elétrica comprada de Itaipu, maior usina do país e responsável por atender a cerca de 10% de toda demanda nacional, incluindo uma parcela expressiva da energia destinada ao estado.

A empresa cita ainda que o uso mais intenso no Brasil de usinas termelétricas, que geram energia a partir de combustíveis mais caros e que indexadas ao preço do petróleo (com aumentos superiores ao do IGPM), também influenciou o reajuste. Tais usinas tiveram que ser acionadas com mais frequência ao longo do ano passado no Brasil em função de períodos mais secos (pouca incidência de chuvas durante a primavera e verão).

Outra razão apresentada pela concessionária no cenário econômico brasileiro que levou ao reajuste, foi a suspensão temporária, pelo governo federal em conjunto com a ANEEL, da cobrança das bandeiras tarifárias por seis meses, no ano passado, devido à pandemia. O sistema de bandeiras aplica mensalmente uma cobrança extra, sinalizada nas contas de luz, para cobrir custos com o aumento do preço de energia destas termelétricas, aliviando os reajustes tarifários posteriores. A elevação da geração de energia termelétrica custou quase R$ 3 bilhões de reais que, agora, estão impactando a tarifa em 2021 em todo o país.

E Energisa lembra ainda que o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que reajusta alguns contratos de geração, de transmissão e de distribuição, teve alta de 31% nos últimos 12 meses, o que também pressionou as tarifas deste ano.

A empresa destaca também que além disso, em meados de 2020, houve uma elevação nas tarifas das transmissoras de energia – valor que é cobrado na conta pela Energisa, mas repassado para outros agentes deste mercado – que está incidindo nas tarifas de 2021. As transmissoras receberam autorização para ajustar seus contratos após acordo realizado em 2013 a fim de renovar suas concessões com redução de tarifa, mediante indenização, que começou a ser paga em julho do ano passado e que foi refletido neste evento tarifário.

Por fim, a Energisa ressalta que o reajuste de tarifa é um processo regulado e definido pela Aneel, previsto no contrato de concessão da empresa. Estes contratos apresentam regras bem definidas a respeito das contas de luz, bem como a metodologia de cálculo dos reajustes. Pela norma, o valor da tarifa poderá ser reajustado anualmente – o chamado Reajuste Tarifário Anual – e a cada cinco anos, no processo de Revisão Tarifária Periódica. Todas essas informações são públicas e ficam disponíveis no site da Aneel.

Investimento

A Energisa aponta que investiu no estado R$ 225,5 milhões em 2020. Além da oferta de energia contínua e eficiente, a distribuidora realizou diversas iniciativas que visam garantir e melhorar o fornecimento de energia de todas as localidades atendidas pela empresa como obras de expansão da rede para ligação de novos clientes, manutenções nas linhas de distribuição e subestações, entre elas a ampliação da Subestação Campo Grande José Abrão e a substituição do transformador da Subestação de Sidrolândia, além de melhorias no sistema elétrico para diminuir interrupções do fornecimento de energia.

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