Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS também projetou um crescimento com novas indústrias e geração de empregos até o ano de 2032.
O Mato Grosso do Sul se destacou no cenário nacional ao alcançar a liderança na produção de celulose e se aproximar do topo em área de cultivo de eucalipto, superando estados como Minas Gerais. A informação foi reforçada pelo Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, que detalhou o impacto do setor durante a inauguração da nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo na última quinta-feira, 05.
“O Mato Grosso do Sul hoje é o maior exportador de celulose do Brasil, representando 23% do total nacional antes mesmo da operação plena das novas indústrias. Estamos no caminho logístico ideal, com a celulose sendo escoada pelo trem até o Porto de Santos”, explicou Verruck.
O estado possui atualmente 1,6 milhão de hectares de eucalipto plantado, com previsão de expansão para 2,5 milhões até o final de 2025 e até 3 milhões de hectares em 2032. A região do chamado “Vale da Celulose“, que engloba municípios como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Água Clara, se consolidou como o epicentro desse crescimento.
Mais indústrias e desafios estruturais
Atualmente, o Mato Grosso do Sul abriga quatro grandes indústrias de celulose, com outras três previstas para os próximos anos. A expectativa é que a sétima unidade seja viabilizada com a expansão de empreendimentos já existentes. Com isso, o setor poderá gerar mais de 64 mil empregos diretos e 100 mil indiretos até 2032.
“Precisaremos de 80 mil novas moradias para atender à demanda, além de investimentos em segurança, saúde e educação. Ontem, discutimos os compromissos sociais que a indústria Arauco terá que assumir na região, incluindo a construção de hospitais e escolas”, destacou o secretário.
Outro ponto crítico é a infraestrutura logística. Para ampliar a competitividade, Verruck ressaltou a necessidade de revitalizar a Malha Oeste, ferrovia que conecta o estado ao Porto de Santos. “Queremos reativar essa linha e criar uma nova bitola larga que passe por Três Lagoas e vá diretamente até Aparecida do Taboado, reduzindo o tráfego de caminhões e otimizando o transporte de celulose”, afirmou.
Diversificação e oportunidades no agro
Além da expansão do eucalipto, o estado também aposta em outras culturas, como a citricultura, que já ocupa 30 mil hectares e pode chegar a 100 mil nos próximos anos. A irrigação e a intensificação da pecuária também são prioridades para manter a competitividade na região.
“Aqueles que permanecerem na pecuária precisarão se intensificar. Estamos trabalhando em projetos como a instalação de pivôs de irrigação para aumentar a produtividade e garantir a diversificação econômica”, destacou Verruck.
Com preços das terras em alta e crescente interesse de investidores, o Mato Grosso do Sul se posiciona como um polo atrativo para o agronegócio e para novas indústrias, consolidando-se como referência nacional em competitividade e inovação no setor florestal.