A onça-pintada capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) após o ataque que resultou na morte de um caseiro no Pantanal foi levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde passará por exames de saúde e acompanhamento veterinário.
O animal, um macho de 94 quilos — abaixo do peso esperado para a espécie — foi capturado na madrugada de quinta-feira (24), próximo ao local onde Jorge Ávalo, de 60 anos, foi encontrado morto no dia 21, nas proximidades do pesqueiro Touro Morto, entre os rios Miranda e Aquidauana.
A captura, feita com armadilhas e apoio de pesquisadores, foi baseada em rastros e características físicas do felino, reforçando a suspeita de que se trata do mesmo envolvido no ataque. “Estamos tratando de um caso atípico e lamentável, que resultou na perda de uma vida humana”, afirmou Artur Falcette, secretário-adjunto da Semadesc.
Segundo o pesquisador Gediendson Araújo, especialista em grandes felinos, o caso é raro e pode estar relacionado à perda do medo natural do animal em relação aos humanos, possivelmente por contato frequente ou alimentação indevida — prática ilegal conhecida como ceva, proibida por lei.
A Polícia Civil investiga o caso para confirmar as circunstâncias do ataque. Enquanto isso, o CRAS realizará exames clínicos e laboratoriais na onça, buscando identificar eventuais doenças que possam ter influenciado seu comportamento.
O governo estadual também alerta sobre grupos suspeitos de planejar represálias ou caça ilegal na região, e promete agir com rigor contra crimes ambientais. “A caça de animais silvestres é gravíssima e será tratada com firmeza”, destacou Falcette.
Com informações Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul