Política – 22/03/2012 – 16:03
O deputado federal Giroto (PMDB/MS) conversou na tarde de ontem (21/03) com integrantes do Comitê de Mato Grosso do Sul da Articulação de Mulheres Brasileiras sobre a Medida Provisória 557/2011, que obriga os serviços de saúde a incluir todas as mulheres grávidas em um cadastro nacional de gestantes. Este cadastro da direito a um benefício financeiro de R$ 50 por cada gravidez para ajudar no deslocamento das mulheres.
As representantes sul-mato-grossenses da Articulação de Mulheres – Valéria Mont’Serrat, Greiciane Martins de Oliveira e Natália Ziolkowski – explicaram ao parlamentar o porquê de serem contra esta MP. Em primeiro lugar afirmam que já existe controle feito pelo SUS (Sistema Único de Saúde); em segundo não previne ou garante o combate eficaz à morte maternal; não dialoga com a agenda de direitos sexuais e direitos reprodutivos; a MP é um retrocesso já que desconsidera a assistencial integral e retorna à lógica materno-infantil, usada no Brasil até 1985; e representa o controle do Estado dos corpos de todas as mulheres grávidas através de um cadastro nacional que tem caráter de controle e vigilância sobre a vida reprodutiva das mulheres.
Na opinião das ativistas, para a redução da mortalidade materna e para a punição de seus responsáveis é necessário investimento, financiamento e monitoramento da implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) e da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (Lei 12.228/11). O slogan do grupo é “Nosso corpo, nosso território”.
Também esteve reunida com o parlamentar sul-mato-grossense Meire Coelho, que é do comitê cearense da Articulação de Mulheres Brasileiras.
Fonte: Assessoria de Imprensa / Divulgação