Fevereiro foi o mês com mais mortes registradas, cerca de quatro casos, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP-MS).
A morte de Gilvanda de Paula Silva, 41 anos na manhã desta quinta-feira (21), no Santa Luzia em Três Lagoas, entra para uma triste estatística em Mato Grosso do Sul: o oitavo feminicído registrado em 2024, entre 1° de janeiro e 21 de março.
Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP-MS), onde a primeira morte do ano foi registrada em Sidrolândia (MS) em 3 de janeiro. Luciene Braga, 50 anos foi morta à pauladas por seu ex-companheiro, Airton Barbosa Louriano, 45 anos. A vítima chegou a dar entrada no hospital, porém já estava morta.
A segunda morte aconteceu cerca de dez dias depois, em São Gabriel do Oeste (MS), onde Maria Rodrigues da Silva, 66 anos foi morta por seu ex-marido, de 69 anos com golpes de faca na região do tórax, durante uma briga ao defender seu neto.
Já Marta Leila Silva Neto, 36 anos, foi a terceira morte registrada no estado em 2024 em 21 de de janeiro. Moradora de Coxim (MS), também foi esfaqueada por seu ex-companheiro, Sipriano Nascimento de Oliveira durante uma briga. A vítima morreu no local antes da chegada do socorro.
Mayara Almondrin Aran, 29 anos se tornou a quarta vítima de feminicídio no estado em 11 de fevereiro, em Nioaque (MS). Ela voltava de uma festa de carnaval com seus amigos quando ao chegar em casa, seu ex-namorado, de 26 anos atirou por três tiros, sendo socorrida, mas não resistiu.
Em Campo Grande (MS), Joelma da Silva, 33 anos foi morta em 21 de fevereiro por seu ex-companheiro com uma facada no peito, sendo o quinto caso no estado. A vítima foi assassinada na sala de sua casa. O suspeito chegou à fugir, mas foi preso horas depois.
Gisely Duarte Galeano, 35 anos foi o sexto feminicídio registrado no estado em 28 de fevereiro em Dourados (MS). A vítima foi agredida por diversas vezes por seu companheiro, onde chegou à sofrer um derrame encefálico e sofrer um aborto.
No mesmo dia, o sétimo feminicídio foi registrado no estado. Albina de Freitas, 49 anos foi morta esfaqueada por seu ex-companheiro também em Campo Grande (MS), enquanto ia ao trabalho. A vítima já vinha sendo perseguida e agredida pelo autor do crime há dias.
O feminicídio é o homicídio praticado em decorrência da vítima ser mulher, seja por misoginia, menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero, ou em decorrência de violência doméstica.