Caso registrado no último sábado escancara medo de quem mora próximo do local, que é tomado por drogas, violência e ameaças constantes a famílias da região.
O que era para ser apenas um corredor de passagem entre residências e a Biblioteca Municipal Rosário Congro, no Centro de Três Lagoas, se transformou em um palco diário de medo e violência. Moradores da rua Alexandre Costa denunciam o completo abandono de um beco sem iluminação e sem segurança, agora tomado por usuários de drogas, prostituição, ameaças e episódios de agressividade.
Neste domingo, 06, o temor ganhou contornos trágicos: o corpo de uma mulher em situação de rua foi encontrado no local, acendendo o alerta sobre o grau de insegurança que paira sobre o bairro. O caso chocou a vizinhança e serviu como estopim para um novo apelo coletivo por ações imediatas do poder público. “A gente não dorme mais. Esse lugar virou um inferno. É briga, gritaria, uso de drogas, ameaças. Estamos reféns dentro das nossas casas”, desabafou uma moradora, que preferiu não se identificar por medo de retaliações.
O beco ao lado da biblioteca, de pouco mais de 10 metros, está completamente sem iluminação pública e tornou-se uma zona livre para ações criminosas. Segundo relatos, pessoas em situação de rua ocupam o espaço à noite, promovendo badernas e colocando em risco a integridade física dos moradores.
Mesmo após diversas denúncias e pedidos de socorro, os moradores alegam omissão das autoridades. A presença ocasional de vigilantes não resolve. “Eles [os usuários de drogas] não respeitam ninguém. Um vigia sozinho não dá conta. Queremos o cercamento do espaço ou outra medida definitiva”, exige um dos residentes.
A revolta aumentou com a descoberta do corpo da mulher, encontrada morta no terreno da biblioteca, bem ao lado do beco problemático. A Polícia Civil e a Perícia estiveram no local, e o caso está sendo investigado, mas para os moradores, o recado é claro: a tragédia já estava anunciada. “Se alguém ainda tinha dúvidas da gravidade da situação, agora não tem mais. O pior aconteceu. Vamos esperar outra morte pra agir?”, questiona, indignado, um morador.
A população cobra medidas firmes da Prefeitura e das forças de segurança, incluindo o fechamento definitivo do beco, reforço policial e ações de assistência social, voltadas às pessoas em situação de rua. Enquanto o local segue sem qualquer intervenção concreta, os moradores vivem em um cenário de insegurança constante, temendo que a próxima vítima da violência seja alguém de suas famílias. O apelo é claro: algo precisa ser feito, antes que outra tragédia aconteça.