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quarta-feira, 30 de outubro, 2024

Mobilização Nacional traz avanços na busca por pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul

Ação coordenada pelo Ministério da Justiça coleta DNA de familiares e reforça bancos de perfis genéticos para identificar desaparecidos no estado.

A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas, realizada entre 26 e 30 de agosto de 2024, trouxe resultados significativos em Mato Grosso do Sul. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio da Polícia Civil e Polícia Científica do estado, a campanha focou na coleta de material genético de familiares de desaparecidos para reforçar o Banco Estadual e Nacional de Perfis Genéticos.

Lançada oficialmente em 27 de agosto na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande, a mobilização visa facilitar a identificação de desaparecidos em todo o país. O evento contou com a participação de autoridades como a perita Josemirtes Prado, diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), e o delegado Carlos Delano, titular da DHPP, que destacaram a coleta de DNA como um passo fundamental para o sucesso da campanha.

Durante o período da campanha, Mato Grosso do Sul coletou amostras de DNA em 37 casos de desaparecimento, totalizando 49 coletas. Campo Grande liderou com 16 coletas, seguida de Dourados, também com 16, e Costa Rica, com 7. Outras 10 amostras foram coletadas em municípios como Aquidauana, Corumbá, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas.

Essas amostras serão inseridas na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), permitindo o cruzamento de dados com perfis de todo o Brasil. Esse processo é essencial para localizar desaparecidos, principalmente em casos de longa data, como o de Edmilson de Lisboa Duarte, desaparecido há dois anos. Seu irmão, Nildo Duarte, foi um dos primeiros a doar material genético na campanha, mantendo a esperança de reencontrá-lo.

A mobilização segue com novas fases. A próxima etapa será focada na coleta de impressões digitais e material genético de pessoas sem identificação. Na terceira fase, chamada de “análise do backlog”, serão verificadas impressões digitais de corpos não identificados armazenadas em bancos estaduais e federais.

Todos os dados serão integrados ao banco nacional, que já conta com mais de 220 mil perfis genéticos registrados desde 2014. Esse esforço visa ampliar a identificação de desaparecidos em todo o país.

Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou 1.468 desaparecimentos. Até agosto de 2024, o número já chegou a 803, sendo a maioria homens. Embora muitos desaparecidos reapareçam por conta própria, há um número significativo de casos não resolvidos que permanecem sem resposta.

Com 15 pontos de coleta de material genético no estado, a mobilização reforça o alerta para as famílias que aguardam por respostas. A diretora do IALF, Josemirtes Prado, lembra que “a coleta de material genético é um serviço contínuo” e incentiva os familiares de desaparecidos a procurarem as autoridades. A campanha é um passo importante para reduzir o número de desaparecidos e fornecer respostas às famílias que vivem com a incerteza do paradeiro de seus entes queridos.

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