Internacional – 11/01/2012 – 18:01
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, negou ter tido conflitos com a equipe do presidente americano, Barack Obama, descritos em um livro lançado na terça-feira. Em entrevista à rede CBS News, Michelle disse que existe uma imagem de que ela é “uma negra brava”.
“Acho que é mais interessante as pessoas imaginarem esses conflitos envolvendo uma mulher forte. Mas essa é a imagem que as pessoas pintaram de mim desde o primeiro dia: de que sou uma negra brava”, afirmou.
Michelle disse não ter lido o livro ‘The Obamas”, da jornalista do New York Times Jodi Kantor. A obra, escrita com base em 30 entrevistas com assessores e amigos do casal presidencial, retrata a primeira-dama como uma força decisiva nos bastidores do governo americano, uma mulher cujas opiniões fortes por vezes a colocaram em conflito com a equipe do marido.
“Sou uma das principais confidentes de Barack, mas ele tem dezenas de pessoas muito inteligentes o cercando”, disse Michelle. “Isso não significa que não temos discussões e conversas. Não significa que meu marido não sabe como me sinto.”
A primeira-dama negou ter tido qualquer conflito com o ex-chefe de gabinete de Obama, Rahm Emanuel, dizendo que ele e a mulher são “dois dos melhores amigos” do casal presidencial.
Michelle chamou o ex-porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs, outro suposto desafeto, de “conselheiro fiel” e “bom amigo”.
A entrevistadora perguntou se Michelle considerava a vida na Casa Branca frustrante, como o livro dá a entender. A primeira-dama disse que viver na mansão presidencial foi um “privilégio” desde o primeiro dia.
“É claro que há desafios por ser uma mãe que tentar manter suas filhas sãs. Me preocupo muito com isso: se há ansiedade, é porque quero que minhas meninas saiam bem disso tudo”, afirmou. “Mas eu e Barack somos adultos. Podemos lidar com os altos e baixos.”
A Casa Branca classificou o livro de “dramatização excessiva de notícias velhas” e ressaltou que a autora entrevistou o casal pela última vez em 2009.
“As emoções descritas no livro, embora pareçam se referir ao presidente e à primeira-dama, refletem muito pouco além dos pensamentos da própria escritora”, disse o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz. “Esses relatos de segunda mão costumam ser exagerados.”
Fonte: IG