O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quinta-feira (16), que sua esposa, Michelle Bolsonaro, é uma das apostas da família para disputar uma cadeira no Senado Federal nas eleições de 2026. Além de Michelle, os filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro também devem concorrer ao Senado, enquanto Carlos e Jair Renan, atualmente vereadores, seriam lançados para a Câmara dos Deputados.
A declaração do ex-presidente reflete uma estratégia de reforço político familiar, com a intenção de manter a relevância da marca Bolsonaro no cenário político. Anteriormente, Bolsonaro havia sugerido que seus filhos poderiam sucedê-lo em um papel de liderança, mas essa declaração mais recente sinaliza um movimento mais calculado, buscando consolidar a presença da família em diferentes esferas do poder.
Analistas políticos observam que, ao lançar sua esposa e filhos como candidatos, Bolsonaro tenta evitar o desgaste de sua própria imagem e dar continuidade ao projeto político iniciado durante seu governo. No entanto, essa estratégia também levanta questões sobre a viabilidade de um projeto político tão centrado na figura do ex-presidente, especialmente em um cenário onde a direita brasileira precisaria de novas lideranças para enfrentar o desafio das eleições de 2026.
O movimento reforça a visão de Bolsonaro sobre a política como um empreendimento altamente personalista, no qual a liderança carismática não se transfere facilmente a sucessores. Isso acende um alerta dentro da direita, que, segundo especialistas, precisa começar a pensar em alternativas viáveis para o futuro, já que a sucessão política de Bolsonaro pode ser um dos maiores desafios do campo conservador nos próximos anos.