O Ministério da Saúde anunciou que o método Wolbachia, utilizado para o controle do Aedes aegypti e das doenças relacionadas, será expandido para mais 40 cidades brasileiras em 2025. Em visita à Biofábrica do Método Wolbachia, em Foz do Iguaçu (PR), o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Cunha, ressaltou que a técnica, que utiliza mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya.
O método já está presente em 11 cidades (Niterói (RJ); Rio de Janeiro (RJ); Campo Grande (MS); Petrolina (PE); Joinville (SC); Foz do Iguaçu (PR); Londrina (PR); Uberlândia (MG); Presidente Prudente (SP); e Natal (RN), com resultados promissores, como a redução de até 69% nos casos de dengue em Niterói (RJ).
A Biofábrica de Foz do Iguaçu iniciou os trabalhos em julho de 2024, com a liberação semanal de 1,3 milhão de “wolbitos”, mosquitos com a bactéria Wolbachia, cobrindo uma população de cerca de 128 mil pessoas.
A meta é atingir 50% do território até abril de 2025. O município de Foz do Iguaçu, que enfrentou grandes surtos de dengue nos últimos anos, registrou uma queda considerável nos casos de arboviroses em 2024, com 15.469 casos de dengue e 10 óbitos, em comparação com os 46.559 casos e 21 óbitos registrados em 2023.
O método, que não envolve organismos transgênicos e é autossustentável a longo prazo, se mostra uma solução eficaz na luta contra as arboviroses, ao impedir que os mosquitos transmitam os vírus das doenças.
Com informações Ministério da Saúde