Conseguir um emprego nos Estados Unidos nunca foi tão desafiador, mesmo para quem possui um dos diplomas mais prestigiados do mundo: o MBA de Harvard. Dados recentes revelam que quase 25% dos graduados da Harvard Business School (HBS) até maio de 2024 ainda estavam em busca de trabalho, uma situação que se agrava a cada ano. Em 2023, esse índice era de 20%, e em 2022, apenas 10%.
Kristen Fitzpatrick, diretora responsável pelo acompanhamento de carreira na HBS, reconheceu a gravidade do momento, afirmando que “não somos imunes às dificuldades do mercado de trabalho. Ir para Harvard não é mais um diferencial. Você precisa ter as habilidades necessárias.” A dificuldade de inserção no mercado não é exclusividade de Harvard. Programas de MBA de outras renomadas universidades, como Wharton, Stanford e Stern, também enfrentaram resultados de colocação profissional abaixo das expectativas no ano passado.
A redução de contratações pelas grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, Google e Amazon, e pelas tradicionais consultorias, tem impactado diretamente os graduados de MBA. Essas empresas justificam a diminuição do recrutamento com a necessidade de ajustar suas operações à realidade econômica atual.
Esse cenário de dificuldades também afeta principalmente os jovens. A porcentagem de pessoas entre 18 e 24 anos nos EUA que demoram mais de um ano para conseguir um emprego triplicou desde o final de 2022. Essa tendência reflete a situação incerta do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Em setembro de 2023, o número de vagas de emprego abertas foi o menor desde 2021. Embora o número de vagas tenha voltado a subir em dezembro.